You are currently browsing the archives for the Práticas category


Vitamina D3 e Covid-19

Há muitas semanas que era para escrever este artigo, mas decidi que quando o fizesse teria que ter alguma informação mais substancial sobre a relação entre a Vitamina D3 e o Covid-19.

A minha relação com a Vitamina D3 começou há 10 anos atrás quando ouvi uma referência num podcast de segurança informática. Na primeira semana de março voltei a ouvir no mesmo podcast a referência a esse episódio de há 10 anos atrás. Desta vez tomei mais atenção, embora uma pesquisa no meu gmail tenha revelado que já há 10 anos havia “passado” a informação.

Na página de Steve Gibson podemos observar um resumo bastante extenso sobre esta vitamina, embora o possamos também encontrar em muitos locais da Internet, como no Wikipedia. Do meu ponto de vista, há alguns pontos mais importantes:

  • A vitamina D3 é de “borla” quando apanhamos Sol. Nem sequer é preciso estar muito tempo ao Sol para apanharmos uma boa dose.
  • A capacidade de sintetizar vitamina D3 decresce à medida que envelhecemos.
  • Há pouca investigação sobre esta vitamina, porque sendo de “borla”, tem recebido pouca atenção. Mesmo quando é comprada na forma de suplemento, o seu custo é irrisório (ou pelo menos devia ser…).

Mesmo com pouca atenção, os estudos que têm saído são bastante claros. Antes deste episódio de Covid-19, havia um estudo que claramente se destacava, por ser uma revisão sistemática de um conjunto bastante significativo de outros estudos. As suas conclusões não deixam grandes dúvidas:

  • Vitamin D supplementation was safe and it protected against acute respiratory tract infection overall. Patients who were very vitamin D deficient and those not receiving bolus doses experienced the most benefit.

Depois de ouvir o podcast e ter descoberto este estudo, não tive quaisquer dúvidas em recomendar a todos os meus conhecidos e amigos, que tomassem Vitamina D3. Eu próprio comprei duas caixinhas de Vitamina D3 que dariam para vários anos, não fosse o respetivo prazo. Mas dá para a família toda! E a quem não conseguisse, que tentassem apanhar Sol, muito Sol…

Ante-ontem foi com bastante agrado que descobri acidentalmente um estudo onde se parece confirmar esta ligação, agora também com a Covid-19. Note-se que o estudo é também baseado num reduzido número de casos, mas identifica claramente uma associação entre a insuficiência de Vitamina D e a gravidade do estado de Covid-19. O resultado que mais se destacou para mim foi a de que 100% dos pacientes do estudo admitidos à Unidade de Cuidados Intensivos com menos de 75 anos tinham deficiência de Vitamina D.

Entretanto, numa breve pesquisa, descobri que há várias outras fontes insuspeitas sobre a relação da Vitamina D3 na prevenção do Covid-19, e sobretudo de casos mais graves. A lista deverá ser mais extensa, mas estes foi os que descobri rapidamente:

Outra fonte que tenho como boa, e que tem sido a minha fonte principal sobre o coronavirus é o canal Medcram do Youtube. No vídeo abaixo e que também tive oportunidade de ver no início de março, é explicado de forma clara como a Vitamina D ajuda a fortalecer os nossos sistemas imunitários. Vale bem a pena ver este episódio, bem como muitos outros do mesmo canal:

Mortes por Distrito

No artigo de ontem referenciei o site https://evm.min-saude.pt/. Nesse mesmo site, para além do total de mortes , é possível detalhar os dados, nomeadamente em função dos distritos.

Na tabela abaixo, com a evolução do número de mortes em 2020 por distritos de Portugal continental, vemos como essa evolução foi relativamente consistente ao longo de março e abril, em quase todos os distritos. Realçaria alguns pontos que me parecem importantes.

  • Nos distritos com maior número de casos Covid, pelo menos mais mediatizados, como foram os casos de Porto e Aveiro, os valores registam uma notória subida, mas sem atingir os valores mais elevados do ano.
  • Em distritos em que o Covid-19 continua praticamente sem expressão, como é o caso de Portalegre (onde o único concelho que aparece no relatório da DGS é Elvas, e com apenas 4 casos), a tendência de subida de mortes foi semelhante à dos restantes distritos.
  • O distrito de Évora registou já em abril um número de mortes diários superiores aos de janeiro e fevereiro.
  • Há distritos que estão a regressar mais rapidamente a valores inferiores, como é notavelmente o caso de Leiria.
  • Há um distrito que parece ter passado mais incólume, embora se m registar a tendência de diminuição normal. O distrito em causa foi o de Setúbal.

Mortes em Portugal

Muito se fala nas últimas semanas em Portugal sobre o Covid-19, e sobre o seu impacto. Infelizmente, é tudo muito apaixonado, e muito pouco baseado em factos, e nomeadamente factos contextualizados.

A minha pergunta favorita para quem acha que esta situação merece um Estado de Emergência é a seguinte, e sugiro ao leitor que a tente responder, se não sabe: Quantas pessoas morrem por dia em Portugal?

O site https://evm.min-saude.pt/ é um site oficial do Ministério da Saúde, que faz a vigilância da mortalidade em Portugal, em tempo real. Tem uma série de dados que começa em 2009, e que portanto nos dá uma ideia clara de como evolui, diariamente, a mortalidade em Portugal.

O gráfico que eles tem na primeira página tem uma resolução diária, e um eixo dos yy que não deixa ver o gráfico com clareza. Por isso fui buscar os dados para uma folha de cálculo, calculei uma média móvel de 7 dias, e o resultado está no gráfico abaixo (cliquem para ampliar). Anoto a seguir alguns pontos importantes, alguns deles apontados também no gráfico:

  • A curva a preto é o número de mortes em Portugal em 2020.
  • A curva a azul é o número de mortes em Portugal em 2020, descontadas as mortes oficiais do Covid-19.
  • Os valores mínimos de mortes ocorreram nos dias 6 e 7 de março, com 284 mortes em cada um desses dias. O valor mínimo em termos de média móvel é alcançado no dia 8 de março.
  • As escolas fecharam no dia 13 de março e não voltaram a abrir.
  • A primeira morte oficial de Covid-19 foi registada a 16 de março.
  • O Estado de Emergência foi decretado a 18 de março.

Da análise do gráfico é também possível tirar algumas conclusões imediatas:

  • De uma forma geral morre-se muito menos em Portugal no Verão do que no Inverno. Este é um tema interessantíssimo, que tentaremos abordar em artigos posteriores.
  • Morreu-se este ano muito menos em fevereiro que o habitual.
  • Já se morreu muito mais por dia em Portugal. No dia 2017-01-02 morreram 578 pessoas em Portugal. No pico de Covid-19, morreram no dia 2020-04-07, 379 pessoas. Quase 200 pessoas menos num dia!
  • A subida registada a partir de dia 6 de março é uma evolução completamente atípica para o mês de março.

Relativamente ao último ponto, só vejo duas hipóteses para a subida verificada:

  • O número de mortes por Covid-19 é muito superior ao que vem referenciado nas estatísticas da DGS;
  • O número de mortes decorrente do confinamento social é superior ao número de mortes oficiais de Covid-19.

Há muita coisa que salta destes números. Mas, para já, vou apenas cingir-me aos dados…

Embrulhar matematicamente

Já houve ocasiões em que ao embrulhar um presente o papel ficou curto. Por isso, hoje verifiquei com surpresa que há um método de embrulho mais eficiente que o que uso: embrulhar na diagonal.

Todavia, os vídeos que vi eram todos a olho, e nenhum explicava muito bem como cortar o papel de forma mais ou menos ótima. Ainda tive que procurar um bom bocado na net, mas curiosamente a melhor explicação que encontrei é a de uma portuguesa, Sara Santos.

Encontrei as fórmulas neste link, mas uma explicação num vídeo da BBC, com a própria Sara Santos, a partir do minuto 2:40 do vídeo abaixo. Não sei ainda quanto é a poupança sobre o método tradicional, mas também não deve ser difícil de calcular…

Refazer peças de plástico sem impressora 3D

Fiquei impressionado com a “engenhosidade” da técnica de recuperação de peças de plástico partidas apresentada neste vídeo por permitir recuperar coisas que tipicamente não tinham outra solução que não fosse usar assim ou comprar uma nova.

A solução apresentada no vídeo passa por juntar bicarbonato de sódio com super-cola para obter um cimento/cola. Esse cimento/cola solidifica muito rapidamente e pode depois ser limado e cortado à forma desejada.

A vantagem de utilizar a super-cola com o bicarbonato de sódio é que esta cria uma massa rígida que pode ser depois limada ou cortada ao formato da peça que se partiu. A super-cola, por seu lado, quando usada em separado, só serve de cola.

Esta solução pode não ser nova na web, mas para mim, que volta e meia tenho de arranjar o que lá em casa alguém diz que “partiu-se”, pode vir a servir. Pode servir, por exemplo, para reconstruir a tampa das pilhas do comando remoto com que uma das crianças teima em brincar enquanto vê televisão.

No vídeo, o autor diz que viu a técnica em vídeos de recuperação de instrumentos musicais e não entra em muitos detalhes sobre a razão pela qual a super-cola reage com o bicarbonato de sódio, mas demonstra a sua aplicação em vários objetos que aparentemente não teriam solução.

Com esta solução, a compra de uma impressora 3D deixa de ter menos uma vantagem a seu favor. E já tínhamos aqui apontado desvantagens de usar uma impressora 3D.

Valores NPK

Quando compramos adubo ou qualquer outro produto que constitua “alimento” para as plantas, os valores NPK devem ser sempre equacionados com atenção. O termo NPK vem das iniciais dos elementos químicos Azoto (N), Fósforo (P) e Potássio (K).

As plantas, cujo “alimento” principal é a água (H20) e dióxido de carbono (CO2), para efetuar a fotossíntese, precisam no entanto de outros nutrientes. E os nutrientes NPK são os principais, sendo essenciais para as seguintes vertentes:

  • O azoto (N) é sobretudo responsável pelo crescimento das folhas das plantas.
  • O fósforo (P) é o que contribui para o crescimento das raízes, e o desenvolvimento das flores e frutos.
  • O potássio (K) é o nutriente da qualidade, contribuindo para o tamanho, cor, sabor, etc.

Dos valores NPK há que saber essencialmente dois aspetos:

  • Quanto maior são os valores, maior é a concentração do nutriente. Assim, um NPK de 10-10-10 tem o dobro de nutrientes de um 5-5-5, quando comparado o mesmo peso.
  • O valor de N representa a percentagem de peso de azoto. Assim, um NPK de 10-10-10 significa que existem 100 gramas de azoto por quilo. Os valores de P e K estão relacionados percentualmente, mas a conversão não é linear, conforme pode ver neste artigo.

Os valores de NPK aplicam-se quer a adubos químicos, quer orgânicos. Alguns destes últimos não têm esta informação, pelo que deverá estar atento à sua possível qualidade.

Em termos téoricos, deveria conhecer a composição do seu solo, antes de adicionar nutrientes. É como uma planta que já tenha água: não precisa mais. Se o solo já tem um dos nutrientes, só precisará dos restantes. Adicionalmente, determinados nutrientes serão mais importantes em determinados momentos do crescimento das plantas, mas esta e outras vertentes analisaremos em artigos subsequentes.