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Consumo do líquido limpa vidros?

Há uns dias começou a aparecer uma luzinha no automóvel a dizer que não tinha líquido limpa vidros. Quando tive uma oportunidade, agarrei numa garrafa de água de meio litro, perto de uma torneira, e comecei a encher… E continuei a encher… E não parava de encher. No final, já não me lembrava de quantas garrafas de água de meio litro tinha despejado, mas foram muitas!

Ocorreu-se-me que tanta água tem um peso, e que esse peso influencia o consumo do automóvel. Acabei por descobrir no manual do meu automóvel que o mesmo tem um depósito de 6 litros de água para o líquido limpa vidros!

Ainda pensei que a ideia pudesse ser original, mas nisto do hypermiling, ainda estou a muita distância dos mais malucos. Como um dos contribuintes deste forum, que além do líquido, tirou o depósito do líquido, o motor, os limpa-vidros, e não sei quantas mais coisas…

Ainda assim, se quiserem entrar numa corrida de consumo, podem somar mais este truquezinho à lista

Carta por pontos

A semana passada recebi a seguinte mensagem da Autoridade Tributária:

Exmo.(a) Senhor(a),
Em colaboração com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária remete-se em anexo um folheto informativo sobre o novo sistema da carta por pontos.
Para qualquer esclarecimento consulte o site www.ansr.pt<http://www.ansr.pt>.
Caso se trate de pessoa coletiva solicita-se que divulgue este email pelos seus colaboradores

Fiquei deveras surpreendido. Ainda não tinha ouvido falar. Não admira: o castigo dos pontos foi aprovado em Conselho de Ministros da passada quinta-feira, e entra já em vigor, no dia 1 de Junho, o dia da criançada. Da leitura dos detalhes da coisa, sobressaem as seguintes notas:

  • No próximo dia 1 de Junho, todos teremos 12 pontos.
  • Os pontos só são subtraídos na data da definitividade da decisão administrativa ou do trânsito em julgado da sentença. Por isso, o importante é evitar que isso aconteça. Reclame por todos os meios!
  • Na  generalidade das contraordenações graves, são retirados dois pontos. Excesso de álcool, excesso de valocidade (>20 Km/h) e ultrapassagens em passadeiras dão direito a um corte de três pontos.
  • Na  generalidade das contraordenações muito graves, são retirados quatro pontos. Muito álcool ou drogas, bem como excesso de velocidade em mais de 40 Km/h, dão direito a uma perda de cinco pontos.
  • No máximo, pode perder seis pontos por dia.
  • Se se portar impecavelmente durante três anos, recebe três pontos. No máximo pode acumular até aos 15 pontos. Não é que seja grande coisa, pois só lá para 2022 é que poderia acumular mais do que esse valor…
  • Se ficar sem pontos, fica sem carta de condução durante pelo menos dois anos.
  • Se ficar com cinco pontos ou menos, tem que ir frequentar uma acção de formação de Segurança Rodoviária.
  • Se ficar com três pontos ou menos, é obrigado a realizar novamente a prova teórica do exame de condução.

Fica percebido que o objectivo é aumentar as receitas. O facto de termos sido alertados pela Autoridade Tributária é prova disso mesmo. As corporações associadas à Segurança Rodaviária, como já não conseguem disfarçar a sua ineficácia, aumentam a burocracia, taxas e taxinhas. Para isso foi criado o Portal de Contraordenações Rodoviárias, que me cheira vai ser onde só iremos mal dispostos…

Parqueamento pago em toda a Lisboa?

Há umas semanas li com preocupação um artigo do DN, em que se refere que Lisboa vai ter mais 30 000 lugares de estacionamento. O saque actual, só vai pois aumentar… É claro que alguém vai ter que pagar as novas bicicletas.

Mas, o mais grave da notícia é a constatação de que o objectivo da Câmara Municipal de Lisboa é que todo o estacionamento da capital venha a ser tarifado! Ou seja, aumentar o saque para o máximo. É claro que depois aumentarão as tarifas e o saque será ainda maior, e depois terão que fazer qualquer coisa adicional para que o saque completo se verifique. Nessa altura, toda a gente terá fugido de Lisboa, excepto os velhos sem carros…

Condenado por câmara de carro

As câmaras nos carros são quase que uma obrigação em alguns países. Particularmente na Rússia, onde aparentemente ninguém respeita ninguém na estrada. Basta procurar no Youtube e encontrarão montes de exemplos!

Entretanto, a moda vai chegando a outros países. No caso do vídeo abaixo, podem ver um “artista” inglês, apanhado em manobras inapropriadas. Parece que por lá não brincam em serviço, e o “artista” James Stocks, de Cheshire, parece que teve direito a uma sentença de 8 meses pela façanha, o que parece ter ocorrido pela primeira vez para aqueles lados. Depois de alguém o ter filmado em flagrante delito e ter colocado no site PoliceWitness:

Para além da condenação, recebeu uma multa, e não pode conduzir durante dois anos e quatro meses. Depois terá de fazer nove teste de condução, e neste caso um teste especial.

Por cá não conheço nada do género, nem sei se será legal sequer filmar. O que eu sei é que já vi muitos “artistas” em estradas nacionais bem piores que o James Stocks

Privatização do estacionamento público em Lisboa

A EMEL é uma empresa pública que tem esticado todos os limites razoáveis da sua intervenção! Este artigo descreve uma das formas dessa intervenção.

Ontem, tive que deslocar-me para os lados da Quinta da Luz. Estacionei numa praceta onde havia montes de lugares vagos. Mal saí do carro, um idoso interpelou-me e avisou-me que não podia estacionar ali! Perguntei-lhe se era pago, percebendo rapidamente que não havia parquímetros por perto!

Riu-se para mim, dizendo que aquele parque era só para os residentes! Nem queria acreditar! Lá tive que ir confirmar na entrada da praceta, a placa que me escapara:

Esta praceta enorme passou a ser um espaço privativo dos condóminos?

Esta praceta enorme passou a ser um espaço privativo dos condóminos?

Na verdade, o que a EMEL fez foi privatizar o espaço público a favor dos moradores! Mesmo que o espaço esteja completamente vazio, não podemos lá estacionar! Mesmo que queiramos pagar parque, não podemos lá estacionar! Deixou de ser um espaço público, para passar a pertencer aos condóminos, com dístico… Quem serão?

Ainda sobre a Volkswagen

Depois do artigo onde referenciei o escândalo da Volkswagen, tenho continuado a ler algo sobre o tema. Na verdade, nem tudo é mau, como já o havíamos referido, pois nas versões “adulteradas”, o consumo de combustível é menor!

Na verdade, a notícia de batotas neste domínio nem sequer é nova, como podem confirmar por este artigo de há mais de um ano. Aliás, enganar nestes testes é muito antigo, assim como as penalizações para quem é apanhado.

E é igualmente verdade que os motores a gasóleo consomem menos combustível que o dos motores a gasolina, embora o processo de fabrico seja mais complexo. E quando um fabricante perde, há uns prontos a enterrá-los e substituí-los.

É preciso dizer que quando existe regulação, uns perdem e outros ganham. E como isto aconteceu nos Estados Unidos, onda a indústria automóvel anda pelas ruas da amargura, em vez de ficarem com um bom carro alemão, vão ficar outra vez com um mau carro americano…

Na verdade, na verdade, os carros da Volkswagen nem são os culpados. Verdeiramente culpadas são as agências/instituições que medem estas emissões/consumos. Como a EPA nos Estados Unidos, que obviamente não soube medir as emissões! Na verdade, a própria EPA está contra regras que teriam permitido expor o problema!!! Apanhados a não fazer nada, ou a dormir, anunciam agora que vão passar a medir melhor? Na verdade, a culpa não é da Volkswagem, mas sim da EPA!!!

Na verdade, é obviamente desejável que o controlo do motor seja realmente inteligente. Se o carro está parado, num laboratório de medição, e emitir menos poluição, isso é desejável. Se for preciso uma aceleração para fazer uma ultrapassagem de vida ou de morte, o que interessa mais umas moléculas de NOx? E porque não há-de ser o condutor a dizer o que deseja a cada momento, estilo menos consumo ou mais potência?

Na verdade, o que esta história nos diz é bastante profundo! Que a nossa liberdade de fazermos determinadas coisas está-nos proibida! Temos que seguir as regras que alguém determinou, não se sabe muito bem quem, nem porquê! Pelas mesmas razões, o que pretendem os que defendem chamar os carros para lhes mudar o software? Será que é para efectuar um downgrade, em que uma das consequências é o aumento dos consumos?

Na verdade, quem sumarizou bem a questão parece ter sido Jeremy Clarkson, antigo apresentador do Top Gear. Vale a pena ler o artigo completo para dar umas boas gargalhadas, do qual resolvi destacar esta frase:

  • Volkswagen looked at a set of arbitrary figures that had been dreamt up by a bunch of ill-informed, woolly-headed government officials and chose to ignore them.