You are currently browsing the Poupar Melhor posts tagged: Ciência


Oops?

Uma forma de fazer ciência...

Uma forma de fazer ciência?

A ciência assusta-nos com percentagens! 95% para cá, 97% para lá, certeza absoluta noutros casos!

Infelizmente, temos feito aqui referências a outras estatísticas, como a de que 50% da Ciência que se faz é falsa! Quem o diz são os próprios cientistas…

Já aqui também referimos o exemplo do colesterol. Mas quanto mais se vai escavando na Ciência das últimas décadas, mais falcatruas se estão a descobrir! Este artigo recente do Washington Post revela-nos mais umas quantas machadadas naquelas verdades que já praticamente ninguém questionava!

O artigo é essencialmente sobre o leite gordo, mas levanta muitas outras questões, como a do consumo de sal. A verdade é que os cientistas actuais não se põem de acordo, e do meu ponto de vista, colectivamente vão perdendo a razão…

Ciência e Religião

De que serve a encíclica para as pessoas do terceiro Mundo?

De que serve a encíclica para as pessoas do terceiro Mundo?

Todos temos a noção de que quando há misturas entre Ciência e Religião, a coisa não vai acabar bem. Foi assim há 500 anos com Galileu, mas muitos mais exemplos existem. E o exemplo da semana passada não me parece que vai correr bem.

O Papa lançou uma encíclica nova. O que normalmente não é notícia, apareceu por todo o lado, em muitos meios ligados à Ciência, o que é claramente um outlier… O clamor que se seguiu sugeriu-me uma boa teoria da conspiração, mas adiante… Aliás, sou todo a favor da poupança, conservação de recursos, e por isso a moral até se digere…

A coisa ficou todavia muito mais negra quando li este artigo do Zero Hedge. Fala sobre um professor Alemão, John Schellnhuber, que aparentemente tem uma visão radical sobre as alterações climáticas. Uma pesquisa online rápida revela que isso é capaz de ser bem verdade (ver por exemplo este artigo, com muitas referências).

Na verdade, seguindo os links, percebe-se que este John Schellnhuber gostaria que o Planeta tivesse apenas um bilião de pessoas. Não sei o que é que o Papa Francisco pensa disto, mas talvez mandar as restantes todas para o purgatório, será? E como é que vai ser com os Católicos? Como são cerca de dois mil milhões, o que fazer a metade?

Para apimentar a coisa, o Papa Francisco resolveu torná-lo membro da Pontifícia Academia de Ciência e participou mesmo no lançamento da Encíclica! Uma religião que tem uma visão claramente retrógrada, como só admitir o preservativo em determinadas situações, alinha agora com aqueles que dizem que o planeta não devia ter mais de um bilião de pessoas???

Infelizmente, esta ideia de que o Planeta Terra tem gente a mais, e que é preciso exterminar uns quantos, têm surpreendentemente muitos mais adeptos do que alguma vez pensava. Uma rápida pesquisa pela Internet revela-nos isso, mas este artigo é surpreendente pela informação que condensa, e os links que referencia, e que não deixam dúvida de que as personagens disseram mesmo estas afirmações sem perdão! Mas tenham atenção, pois o que essas personagens disseram é suficiente para nos dar vómito!

E o problema e que há mais, como o marido da Rainha de Inglaterra, que escreveu num livro “I must confess that I am tempted to ask for reincarnation as a particularly deadly virus“. Ou pela mensagem transmitida por Hollywood, no filme Kingsman, em que o tema é abordado, mas felizmente alguém acaba com a ideia de exterminar a raça humana, apesar de uma das cenas possivelmente mais violenta dos últimos tempos, enquadrada numa igreja, conforme podem ver abaixo.

Enfim, para mim tudo isto é uma surpresa total. Da parte dos “cientistas”, nada que me vá admirando, no estado em que está a Ciência. Agora, que o Papa se meta nestes domínios, é verdadeiramente surpreendente. E, a esta velocidade, fará de Hitler e das suas ideias de controlo populacional, um autêntico sacristão…

Metade da Ciência é falsa?

Na passada semana, vimos no artigo sobre se o chocolate emagrece, como a Ciência está a passar por momentos difíceis. Na verdade, a Ciência também está a ter dificuldades em adaptar-se aos novos tempos da Internet, mantendo processos arcaicos, e pior, criando dúvidas sobre a quantidade de ciência que se produz não terá da passar por um processo de reciclagem qualquer. É claramente também um problema de quantidade vs. qualidade…

Quem me conhece sabe que sou bastante crítico do que se passa no domínio científico actual. Para mim é claro que o actual processo de peer-review, que se arrasta durante meses, terá que ser substituído por algo mais moderno, mais rápido, como afirmei neste artigo.

Surpreendentemente, há uns dias tropecei num artigo publicado na revista The Lancet. É uma revista científica da área médica, tendo um factor de impacto muito elevado, sendo considerado uma das revistas médicas mais prestigiadas do Mundo. O seu editor é Richard Horton, que na edição de 11 de Abril, escreveu um artigo que está disponível aqui. Dele extraí algumas frases que evidenciam como quem está dentro (e que já sofreu na pele a fraude médica provavelmente mais significativa das últimas décadas), também não tem dúvidas de que a Ciência está literalmente podre:

  • “A lot of what is published is incorrect.” I’m not allowed to say who made this remark because we were asked to observe Chatham House rules. We were also asked not to take photographs of slides.
  • Why the paranoid concern for secrecy and non-attribution? Because this symposium—on the reproducibility and reliability of biomedical research, held at the Wellcome Trust in London last week—touched on one of the most sensitive issues in science today: the idea that something has gone fundamentally wrong with one of our greatest human creations.
  • The case against science is straightforward: much of the scientific literature, perhaps half, may simply be untrue. Afflicted by studies with small sample sizes, tiny effects, invalid exploratory analyses, and flagrant conflicts of interest, together with an obsession for pursuing fashionable trends of dubious importance, science has taken a turn towards darkness. As one participant put it, “poor methods get results”.
  • The apparent endemicity of bad research behaviour is alarming. In their quest for telling a compelling story, scientists too often sculpt data to fit their preferred theory of the world. Or they retrofit hypotheses to fit their data.
  • Universities are in a perpetual struggle for money and talent, endpoints that foster reductive metrics, such as high-impact publication. National assessment procedures, such as the Research Excellence Framework, incentivise bad practices. And individual scientists, including their most senior leaders, do little to alter a research culture that occasionally veers close to misconduct.
  • Can bad scientific practices be fixed? Part of the problem is that no-one is incentivised to be right. Instead, scientists are incentivised to be productive and innovative.
  • The conclusion of the symposium was that something must be done. Indeed, all seemed to agree that it was within our power to do that something. But as to precisely what to do or how to do it, there were no firm answers. Those who have the power to act seem to think somebody else should act first.
  • The good news is that science is beginning to take some of its worst failings very seriously. The bad news is that nobody is ready to take the first step to clean up the system.

A ciência, segundo Scott Adams

Sou um fã confesso do Dilbert. Já aqui reproduzimos algumas das tiras concebidas por Scott Adams. Por isso, esta semana não fiquei muito surpreendido com a entrada no seu blog, onde se refere aos maiores falhanços da ciência.

Nesse artigo, Scott Adams discorre sobre alguns dos maiores falhanços da ciência, elegendo os temas à volta das dietas e da boa forma física como das maiores falhas, certamente dos tempos modernos. Basta ver a publicidade que por aí grassa, sobretudo na Internet, para perceber que todas as dietas são as melhores do Mundo, e que cada tipo de exercício é melhor que o outro… Talvez também por isso, estes são dois temas que não temos tratado no Poupar Melhor.

Scott menciona um artigo do Mother Jones, que refere que os Americanos estão de costas voltadas com os cientistas. E acho que os Americanos estarão certos em muitos desses aspectos. Uma resposta minha às várias afirmações abaixo, colocou-me mais perto do sentimento dos Americanos que dos cientistas!

Tendo a concordar que muita da ciência que se faz hoje em dia é “a metro”, como costumo dizer. Para mim, o sistema peer-review já não funciona, sendo claramente adepto da sua transição para os modelos mais “on-line” e em tempo real. Quem não acreditar pode começar por ler algumas das seguintes “aberrações”:

Americanos vs. Cientistas

Americanos vs. Cientistas

 

Ciência da cafeína

Já falamos aqui várias vezes sobre cafeína, nomeadamente quais as fontes de cafeína, e qual tem mais cafeína, se um café curto ou um café longo?

A cafeína é uma droga que é relativamente bem compreendida. Todos sabemos que ela nos mantém alerta, que permite que a nossa atenção seja maior e até que o nosso desempenho físico melhore. Há obviamente também as consequências associadas, conforme descrevi no artigo sobre tensão arterial.

No vídeo abaixo, a Sociedade de Química Americana faz uma pequena introdução aos elementos químicos que compoem a cafeína, e como eles afectam o nosso corpo, e especialmente o cérebro. Falam também sobre qual a dose máxima recomendada de café. É um vídeo curto mas muito elucidativo: