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Energia solar ao longo do tempo

A utilização da energia solar tem sido feita ao longo dos últimos milénios de diversas formas. Algumas técnicas podem parecer primitivas, mas os resultados são bem agradáveis! A energia solar também não é a solução para tudo, como vimos aqui, e atrai, como tudo, a ganância dos investidores

O infográfico abaixo dá-nos uma visão rápida do aproveitamento da energia solar ao longo do tempo. Foi produzido pela Solartech, evidenciando uma certa letargia na evolução recente da eficiência dos sistemas fotovoltaicos, que continua muito baixa em termos comerciais. Nota também para a ausência de referência aos sistemas de aquecimento de água quente, que continua a ser o patinho feio do aproveitamento da energia solar, mas que é responsável por um grande aproveitamento desta energia sustentável!

Evolução histórica do uso de energia solar

A.Sousa do Pouparmelhor no Contas Poupança com o EnergyOT


Aqui no Pouparmelhor já tínhamos falado nos equipamentos de medida do EnergyOT. Já fizemos também parte de um episódio exclusivo sobre o Pouparmelhor no Contas-Poupança.

Desta vez o Contas-Poupança pediu-nos para fazermos parte de uma reportagem sobre equipamentos de medida de consumo elétrico agregado da habitação. A reportagem sobre o EnergyOT que o A.Sousa tem usado para medir o consumo elétrico está no vídeo acima. Como sempre, o Pedro Anderson faz um excelente relato que junta em poucos minutos uma visão geral sobre um destes temas que vamos juntando aqui no Poupamelhor.

Energia perdida a jogar?

Este pode poupar energia

Este pode poupar energia

Saiu nos últimos dias um estudo que nos dá conta da energia que se poderia poupar quando jogamos nos nossos computadores. Tal acontece porque os computadores utilizados para jogar têm normalmente características de topo, e que por isso normalmente consomem mais energia…

O estudo do Lawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab) pode ser consultado em maior detalhe neste link. O autor do estudo, Evan Mills, afirma que os jogadores podem conseguir poupanças no consumo de electricidade de mais de 75% pela mudança de algumas configurações e troca de alguns componentes, melhorando no processo a fiabilidade e desempenho… Um autêntico Holy Grail do jogo!

Na verdade, temos referenciado várias oportunidades de poupança neste domínio, na nossa etiqueta de computadores. O artigo refere um conjunto de dicas que vou experimentar, e que envolvem vários dos componentes que temos nos nossos computadores. Infelizmente, para muitos de nós, mudar esses componentes não é fácil, e o custo da mudança não trará um benefício líquido. Ainda assim, e para os entusiastas, e sobretudo os jogadores, vale bem a pena ler o artigo!

Porque nos enganam na energia?

cabeca na areiaUm amigo enviou-me ontem um link, com referência a uma intervenção de Henrique Gomes, ex Secretário de Estado do presente Governo, sobre o tema da energia. Já havíamos referido Henrique Gomes neste artigo, mas as afirmações desta vez parecem ser mais contundentes.

Das várias referências que lhe estão atribuídas, há uma que salta à vista. Algo que já havíamos abordado neste artigo:

  • “Se a EDP Renováveis vende a energia eólica a 60 euros mw/h em Espanha, nos Estados Unidos a cerca de 50 euros, porque em Portugal a vende a 100?”

Ao ex-secretário de Estado atribuem-se mais algumas afirmações que devem-nos deixar bastante preocupados:

  • o Governo falhou no compromisso de não haver aumentos reais da energia superiores a 1%
  • os contratos de produção de energia foram feitos na perspectiva de protecção dos produtores e não dos consumidores

Outro especialista em energia, Clemente Pedro Nunes, que também já havíamos referenciado neste artigo, também não foi parco em palavras:

  • A energia eólica é ruinosa para o país por causa da sua intermitência
  • Este é um sistema que só existe em Portugal e em Espanha, e a própria Espanha já arrepiou caminho
  • esta é a razão de ser de uma catástrofe no sistema eléctrico nacional, em que existe um lóbi que controla as rendas excessivas e que controla 95% da comunicação social

E neste última aspecto, tem toda a razão! As múltiplas notícias sobre o tema, especialmente no último mês, continuam a criar nos Portugueses uma grande ilusão! Por isso, estamos todos com a cabeça enterrada na areia! E o problema da falha do actual Governo, não esconde quando tudo isto começou, nomeadamente como se percebe pelas estrofes iniciais deste hino

Rendido às evidências!

Tal como acontece em alguns sábados, tive oportunidade de ouvir parte do Tudo é Economia na TSF. Esta semana o entrevistado foi Artur Trindade, secretário de Estado da Energia. Dos poucos mais de 5 minutos que ouvi, percebi logo a coisa. Coisa essa que se solidificou quando ontem ao final da noite li a entrevista completa no Dinheiro Vivo.

Para contextualizar, Artur Trindade foi quem substituiu Henrique Gomes no Governo, saída que motivou a tal celebração com champanhe… O que se compreende, pois Artur Trindade vem da ERSE, a tal entidade das subidas da electricidade, conforme certamente se confirmará amanhã

O problema é que não foram apenas os 5 minutos que ouvi. Foi quase toda a entrevista! O petróleo desce muito em termos internacionais, mas pouco em Portugal. E quase dá a ideia que é porque há um preço de referência, sem qualquer utilidade! Na electricidade, está tudo a correr às mil maravilhas, mesmo que metade dos portugueses (como eu) se esteja a baldar para a liberalização, e ainda bem! Mas, a melhor parte da entrevista é o entrevistador a dizer: “não respondeu“.

Percebe-se perfeitamente que o governante não goste de expressões como “margens excessivas”, “rendas excessivas”, e coisas similares. O problema é perceber-se que ele não gosta de acabar com elas! O confrangedor é estar rendido à evidência de que, neste sector da energia, quem manda não está no Governo….

Fiscalidade Verde, segundo Mira Amaral

No passado Sábado, ouvi o início do “Negócios e Empresas” da TSF. O entrevistado era o Mira Amaral, o presidente do Banco BIC. A entrevista, que pode ser ouvida no site da TSF, pode também ser lida no site do Dinheiro Vivo. Já aqui tínhamos falado dos desencontros entre o ministro e o setor que tutela.

O que mais me surpreendeu na entrevista foi o posicionamento de Mira Amaral perante a política energética e ambiental do Governo. Em particular sobre a Fiscalidade Verde. Mais parecia uma entrevista a alguém do PCP ou do Bloco de Esquerda, tal o teor das suas declarações. Note-se a utilização de termos como “quixotesco”, “fundamentalismo”, “sacar”, “talibãs”, entre outros:

  • É perfeitamente quixotesco que sejamos nós, em Portugal, com uma economia que esteve quase em falência, em que foram as empresas que conseguiram salvar isto, acabando com o défice externo, a avançar. É perfeitamente contraditório e incoerente, totalmente idealista e de falta de senso ir arranjar uma taxa de carbono que vai penalizar as empresas.
  • Acredito muito mais no meu amigo Eng.º Ferreira de Oliveira, que é engenheiro e especialista em petróleos, do que no ministro Moreira da Silva, que nunca trabalhou em energia. Ele não sabe nada de energia, não tem política energética, está atrelado ao fundamentalismo ambiental. A questão de fundo não é se são sete ou cinco cêntimos por litro. A questão de fundo é esta: nós poluímos muito pouco, não somos nós que vamos resolver o problema global e avançamos com esta taxa num contexto em que há apenas seis países na União Europeia que a têm.
  • Qual é a sorte que o governo pode ter neste momento? É que, como o preço do petróleo está a descer, o meu amigo poderá dizer que o preço dos combustíveis desce e que este aumentozinho não tem grande efeito. Mas tem porque lá fora o preço também desce. Temos é de ver o nosso diferencial de preço em relação aos outros países, sejam cinco ou sete cêntimos por litro. Há empresas que estão aflitas e o mais pequeno custo adicional pode levá-las à falência.
  • De uma maneira irónica, podia dizer que é aproveitar o fundamentalismo do ministro Moreira da Silva para sacar mais algum aos contribuintes. À pala do termo fiscalidade verde, que é simpático – as pessoas gostam do verde -, saca-se mais algum.
  • O fundamentalismo ecológico e ambiental do ministro Moreira da Silva foi aproveitado, inteligentemente, pelo primeiro-ministro e pela ministra das Finanças para sacarem mais algum.
  • Seria do mais elementar bom senso que nesta fase, ainda muito difícil da economia, evitassem honorar as empresas com uma taxa destas. Não posso aceitar acriticamente este discurso de talibãs verdes, que taxam em nome de uma coisa que a meu ver não está cientificamente provada.

O resto da entrevista é o desmanchar completo de muitas ideias que andam por aí, não só do Governo. E note-se que Mira Amaral é uma pessoa da área do PSD, pelo que insuspeita nos comentários que avança.

A entrevista tem também, para mim, a grande vantagem de pôr os pontos nos i’s de várias personagens da política portuguesa, para além do Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva. Em particular, as análises relativas a Paulo Portas e a António Costa… Aliás, as dúvidas existenciais que Mira Amaral levanta em relação à posição de voto nas próximas eleições legislativas são muito semelhantes às minhas. Mas isso já é outra conversa…