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Pintar um capacete

Capacete pintado

Capacete pintado

“Ah e tal, para pintar um capacete é fácil. É só lixar aqui e pintar ali…” Pois… é tudo facilidades. Mas a realidade é bastante diferente. Se alguém vos vier contar o conto com um final feliz, desconfiem.

Quando me propus pintar um capacete modular que tinha aqui em casa já sabia que me estava a meter em trabalhos. Tirar a tinta de borracha foi metade do trabalho.

Primeiro há que desmontar o capacete. Lembrem-se de onde tiraram as peças. Não façam como eu… Atirei tudo para uma caixa e depois foi como fazer um puzzle, mas na versão irritante.

Peças do capacete

Peças do capacete

O capacete para além de antigo, estava coberto de uma tinta borrachosa. Foram horas a esfregar para remover a cobertura.

Depois deste trabalho todo, há que pintar.

Para pintar, a solução foi criar uma espécie de estúdio de pintura móvel. Nas grandes superfícies de bricolage é possível comprar caixotes de cartão de tamanhos avantajados. Comprei o tamanho maior que tinham disponível e levei-o para a varanda de casa.

Não é propriamente um ambiente livre de poeiras, mas serviu para a experiência.

No caixote coloquei, através do cartão, um gancho improvisado com o arame que recuperei aqui em tempos. Este gancho serviu para ir pendurando as peças, com a capacidade de as rodar pelo lado de fora da caixa sem lhes tocar.

Depois de pintar várias camadas de tinta base, havia que colocar os autocolantes. Tenho uma Honda, por isso, fui até uma loja de equipamentos para motas e comprei uma folha de autocolantes da marca.

Depois de colocados os autocolantes, são aplicadas várias camadas de verniz.

Supostamente, no final, teria um capacete como novo.

A minha fraca memória é que me fez esquecer da barulheira que este capacete fazia quando andava com ele. A quantidade de molas e peças móveis aumenta a dificuldade em insonorizá-lo e por isso, sim, tenho um capacete com uma pintura personalizada, mas garanto-vos que não vou passear com ele a mais de 50 Km/hora.

Recuperar um capacete antigo

Yamaha Xmax e 2 capacetes

Yamaha Xmax e 2 capacetes por @designerferro

O capacete que comprei para a X-Max tinha uma cobertura baça tipo borracha que com o tempo se começou a deteriorar. Entretanto como obtive um capacete novo, o antigo deixou de ser uma preocupação. O antigo acumulava alguns problemas como a impossibilidade de lhe lavar o exterior convenientemente por causa da pintura borrachosa que nem sabão podia levar.

Como a prática do Poupar Melhor é não desperdiçar recursos valiosos, fui ver como poderia recuperar o capacete. É verdade que está já com perto dos 4 anos aconselhados para o tempo de vida de um capacete. O capacete está com aspeto de fim de vida no exterior, mas em boas condições no interior.

A primeira tentativa que fiz de recuperar o capacete foi tentar remover-lhe a cobertura de borracha. Nuns sítios tem essa cobertura, noutra está gasta e há sítios onde sobre apenas a cola borrachosa que agarra tudo o que toque.

A internet disse-me que podia tentar remover esta camada borrachosa com álcool. Não o façam. Esqueçam. O álcool remove realmente a cobertura, mas grande parte dela move-se de um lado para o outro e por baixo não há tinta, apenas plástico.

A segunda tentativa vai ser tentar remover com uma lixa fina, tal como mostra no vídeo abaixo para tinta normal. A ideia é tirar esta cobertura e colocar uma tinta brilhante que se possa lavar.

Num acidente, preencham sempre a declaração amigável

Honda Integra 750

A semana passada voltei a ter a minha mota depois de ter estado sem mota mais de uma semana. A roda de trás ficou empanada depois de me baterem por trás num semáforo, mas como não reparei nisso, limitei-me a ajudar quem me bateu por trás e não preenchi uma declaração amigável.

O que se passou comigo podia passar-se com qualquer pessoa de boas intenções. Quando me bateram por trás com uma scooter motorizada senti apenas a batida, mas não sai do mesmo sitio. A Honda Integra não é propriamente leve… O condutor da motorizada que me bateu não teve a mesma sorte que eu. Caiu ao chão. Esfolou-se nas mãos porque ía a guiar sem luvas e quando o levantei do chão faltava-lhe um sapato.

Olhando para a minha mota não reparei que a jante traseira estava empanada empenada e deixei o acidentado seguir sem preencher a declaração amigável. Acontece que quando levei a mota à oficina para levar uma revisão geral aperceberam-se que a jante traseira estava bastante empanada empenada. Empanada de tal forma que, sendo uma roda sem câmara interna, deixava sair ar do pneu.

O resultado foi que fiquei mais de uma semana sem a mota e, se quisesse uma viatura de substituição, teria de a pagar do meu bolso. Para transformar uma situação chata em algo pior, por azar caiu mesmo em cima do período das greves.

Diferenças entre a mota de 2012 e a de 2015

Comparação do consumo com o custo por cada 100 km entre 2012 e 2015

Comparação do consumo com o custo por cada 100 km entre 2012 e 2015

Já aqui tinha contado como troquei a Yamaha Xmax 250  cm3 por uma Honda Integra 750 cm3 no inicio de outubro de 2014 e o resultado foi que deixei de ter dores nas costas. A troca de uma mota de cilindrada mais baixa por uma maior fica bem patente no gráfico no final de 2014. O consumo sobe e a poupança desaparece… ou talvez não.

Se tivermos em conta a baixa do custo da gasolina, o resultado pode não se tão feio como o gráfico quer fazer parecer. Primeiro quero lembrar-vos que encho sempre o depósito e sempre no mesmo sitio, à exceção de duas ou três vezes por ano, o que já assinalei nos quadros que fui publicando noutras ocasiões.

O quadro abaixo resume o que foi possível apurar dos dados que fui registando.

Médias

média

l/100km

média

€/l

média

€/100km

Honda Integra 750

3,971

€1,50

€5,44

Yamaha Xmax 250

3,637

€1,37

€5,45

Diferença

0,334

€0,12

€0,01

O custo por litro da gasolina sem chumbo 95 à data que comprei a Xmax em janeiro de 2012 era € 1,56 e na última vez que fui encher o depósito janeiro de 2015 era de € 1,239. A diferença entre 2012 e 2015 é de menos € 0,321, mas a diferença da média do litro de gasolina durante a utilização da Xmax e a utilização da Integra é de € 0,12.

O consumo na Xmax resultou em média em 3,637 l/100km. Com a Integra a média de consumo é de 3,971 l/100km. A diferença é de o,334 l/100km.

O resultado mais inesperado é que o preço por cada 100 km se manteve quase inalterado, uma consequência da baixa do preço do petróleo e subsequente valor da gasolina sem chumbo 95.

Se o custo da gasolina se tivesse mantido estável ou mesmo subido, o resultado ter-se-ía traduzido numa operação negativa do ponto de vista da economia, sendo apenas satisfatória do ponto de vista do conforto.

Consumo de gasolina e preço entre 2012 e 2015

Consumo e Preço da gasolina s/ chumbo 95 entre 2012 e 2015

Consumo e Preço da gasolina s/ chumbo 95 entre 2012 e 2015

Andei uns tempos a pensar mudar de mota. O amortecedor da Xmax 250 não era propriamente algo que que me estivesse a fazer bem. As dores nas costas derivado de uma hérnia e das agressões do pavimento eram constantes e cheguei mesmo a pensar mudar de mota para um carro. Este seria o pior cenário para mim.

Quando falei do tema com outros motards, explicaram-me que o problema poderia estar no amortecedor. Na realidade a Xmax tem dois amortecedores verticais que, segundo eles, seriam muito pior que um mono-amortecedor não vertical.

As motas com menos de 500 cm3 não estão tipicamente equipadas com outro tipo de amortecedor. Os sistemas de mono-amortecedor encarecem o produto e tipicamente, sendo motas para usar em curtas-distâncias, os compradores não exigem tanto do veículo.

Troquei de mota para uma Honda Integra 750 cm3 no inicio de outubro de 2014 e o resultado foi que deixei de ter dores nas costas. O amortecedor fica por baixo do banco, mas num diagonal do braço da roda traseira que aponta para o guiador.

O impacto da troca não foi só as melhorias para a saúde, mas também o que está à vista no gráfico. Tipicamente com consumos muito mais vantajosos em estrada por ser de maior cilindrada, os consumos dentro da cidade são de tirar um autor do Poupar Melhor do sério.

Em contrapartida, o preço da gasolina estar abaixo dos preços de 2012 têm compensado as diferenças no consumo, mas isso fica para outro dia.

131º gráfico: o das temperaturas da janela com plástico de bolhas e do consumo da gasolina

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana descobrimos como a principal utilidade do plástico de bolhas não serve só para acabar com o stress, mas também pode servir para reduzir as diferenças de temperatura durante o dia quando é colocada num vidro.

Terminamos a falar das diferenças entre os custos de gasolina entre as duas motas, de 2012 a 2015.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes

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