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Acabar com a mudança da Hora?

Há muito que se sabe que a mudança da hora não se traduz nos benefícios propagandeados. E cada vez mais se descobrem outros efeitos negativos

Depois da Rússia ter acabado com a mudança da hora, são cada vez menos as regiões do Planeta que insistem em mudar os relógios duas vezes por ano, conforme se pode ver pela imagem abaixo, retirada deste artigo do Wikipedia. Basicamente, falta a Europa e partes da América do Norte:

A Comissão Europeia decidiu fazer uma Consulta Pública deste assunto. Não me parece que vá dar em nada, até porque falta imensa informação para contextualizar a discussão. O pedido origina essencialmente do Norte da Europa, mas também nos afecta a nós.

Para formar a minha opinião, olhei com muita atenção para o gráfico deste artigo, e que reproduzimos a seguir. Ele mostra-nos a evolução da duração do dia, ao longo do ano, para a região de Lisboa:

Horas de Sol em Lisboa

Conforme se pode observar, a mudança da hora serve sobretudo para estabilizar a quantidade de sol que existe quando acordamos. Tal tem implicações porque as crianças têm que se levantar para ir à escola, nós temos que ir trabalhar, e a Sociedade tem que estar a mexer a uma certa hora. Tudo se complica mais à noite, pois sabemos que a noite chega muito mais tarde no Verão.

Qualquer opção neste domínio promete ser complexa. A Rússia mudou há uns anos, e voltou a mudar uns anos depois. Experiências neste domínio têm ocorrido, quase sempre sem bons resultados. E basta lembrarmo-nos da mudança que ocorreu em Portugal entre 1992 e 1996…

Assim sendo, pessoalmente prefiro que se acabe com isto da mudança da hora, e que Portugal adopte a Hora de Inverno. É claro que no Verão vai ser dia às cinco da manhã, e vai ser noite mais cedo. Mas não acredito que seja para já, até porque qualquer que seja a decisão, mesmo de manter, haverá sempre uma grande confusão associada…

Em qualquer caso, não deixe de dar a sua opinião!

 

As árvores que contam

New York City Street Tree Map

New York City Street Tree Map

O site New York City Street Tree Map tem a representação num mapa de todas as árvores de Nova Iorque e dos benefícios que são esperados destas árvores.

O mapa é o resultado do trabalho voluntário dos nova-iorquinos e representa o diâmetro e espécies de cada árvore registada.

Quando se aproxima aos detalhes de cada vizinhança é possível obter mais informação para além da própria diversidade. Para cada vizinhança é possível saber os benefícios ecológicos específicos obtidos da manutenção destas árvores:

  • Total de água da chuva intercetada;
  • Conservação de energia;
  • Poluentes e dióxido de carbono removido.

178º alerta: o dos alertas a mais e das aventuras gráficas retro para PC

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana falamos do excesso de alertas por mau tempo e de como isso nos levou, de uma assentada, a concordar com Pedro Santana Lopes e a citar o Correio da Manhã.

Falamos também de como podemos jogar as aventuras gráficas do antigamente para PC de forma gratuita.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do PouparMelhor está também no iTunes.

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Tempo perdido nas Finanças

Nesta semana que passou tinha que pagar um imposto “especial”. Digo “especial”, porque não é daqueles a que estamos mais habituados.

Como “especial” que é, tive que me deslocar às finanças. Não pode ser tratado no Portal das Finanças, quanto mais por outro meio

Não fui dos primeiros a chegar, mas chegou para refrescar o corpo e as ideias, pelo que me calhou uma senha com um número mais elevado. E ficar uma hora à espera. O que nos vale é o multitasking

Quando fui finalmente atendido, não podia ser afinal atendido. Como era um imposto “especial”, tinha que ser atendido por um determinado funcionário. Que estava a atender outro contribuinte, e que continuou a atender durante mais 20 minutos.

Quando me atendeu, percebeu imediatamente, foi buscar uma folha, e entregou-ma. Era uma folha que dizia quanto eu tinha que pagar, valor que já sabia. Mas tinha que ter aquele papel! E como pago eu, perguntei, reparando que não havia dados de pagamento?

Não se podia pagar por Multibanco, nem no homebanking. Apenas na Tesouraria do Serviço de Finanças! E ainda me informaram que podia pagar por cartão Multibanco, cheque ou dinheiro.

Infelicidade minha, na conta do meu cartão Multibanco não tinha dinheiro suficiente. Cheques já não pago para usar. E dinheiro, não tinha a quantia requerida…

Fui tirar a senha. Percebi logo que teria que esperar. Mas já previra a coisa, pois tirei a senha, tive tempo de ir ao meu Banco mudar o dinheiro de conta, e voltar a tempo de ser atendido. Podia ter feito via homebanking, mas a CGD era mesmo ao lado.

Chega-se à CGD e tira-se a senha. E espera-se, espera-se. Aí uns bons 20 minutos! Será que ainda vou ser atendido quando voltar? E continuo com o multitasking em plena agência.

Troco o dinheiro de conta e volto em passo rápido para as Finanças. Qual caracol, havia avançado dois números. Mas ainda faltavam alguns até chegar a minha vez. Mais multitasking, enquanto se digere gritaria de contribuintes insatisfeitos…

Lá chega a minha vez, muito tempo depois. Entrego Multibanco, nem querem saber quem sou. Imprimem umas folhas, mas não tenho que assinar. Tenho é que pagar.

No final dão-me a folha. Impresso como um dos PDFs típicos disponíveis no Portal das Finanças. Tem mesmo uma referência para Pagamento via Multibanco, mas está riscada!

Meio dia de trabalho perdido. Como querem que o País avance?

Aeroporto de Lisboa e Eficiência Operacional

Num curto espaço de tempo, tive que aterrar duas vezes no Aeroporto da Portela, em Lisboa. Na primeira vez, descrevi a experiência neste artigo. Da segunda vez, decidi cronometrar ao pormenor a experiência…

Mas foi já no taxi que ouvi nas notícias a ideia da ANA melhorar a sua eficiência operacional através da colocação de cancelas nos acessos ao aeroportos portugueses. Tanga! O que eles querem é obviamente aumentar as receitas!

Se a ANA está efectivamente preocupada com a eficiência operacional, então deveria começar por optimizar o fluxo dos aviões e passageiros dentro do aeroporto. Para isso, é só olhar para a cronometragem da chegada de um avião, neste caso da TAP, que aterrou na pista 03 da Portela (sentido sul-norte). Assim aconteceu:

  • 00:00 Avião termina aterragem e sai da pista para o taxiway
  • 03:10 Avião estaciona na parte central do aeroporto e é desligado o sinal de cintos apertados
  • 08:10 Primeiros passageiros descem a escada
  • 08:40 Saio do avião (estava na fila 5)
  • 11:45 Autocarro arranca
  • 16:40 Autocarro passa pela porta onde anteriormente os passageiros eram deixados. Pela janela pode-se ver passageiros doutros voos a passar por lá em sentido contrário…
  • 18:30 Autocarro larga passageiros no topo norte do Terminal 1
  • 21:55 Controlo de entrada para passageiros fora do Espaço Schengen
  • 26:50 Saída para a parte pública do aeroporto

Comparativamente com a experiência anterior do terminal 2, a saída do avião foi mais lenta, mas o autocarro partiu primeiro, pois em vez de dois autocarros ao mesmo tempo no caso da Ryanair, neste caso foram dois autocarros, mas um apenas depois do outro. Perdi provavelmente cerca de um minuto a passar o controlo de espaço Schengen (foi muito rápido e eficiente!). Na verdade, o tempo total foi muito semelhante ao da primeira experiência.

Se a ANA quer realmente então aumentar a “eficiência operacional”, deve explicar porque:

  1. Porque é tão frequente as mangas do Terminal 1 estarem vazias? Será porque as taxas são demasiado elevadas? Todas as perguntas abaixo seriam desnecessárias se esta fosse equacionada!
  2. Se a ANA está verdadeiramente interessada na sustentabilidade e redução das emissões de dióxido de carbono, porque é que não incentiva a utilização das mangas, e deixa de andar a passear os passageiros pelo aeroporto de autocarro?
  3. Porque demora tanto tempo a chegar a escada ao avião?
  4. Porque não são deixados os passageiros onde eram dantes? Cada passageiro leva 5 a 6 minutos adicionais (quando em boa condição física) a passear de autocarro e a percorrer a pé o aeroporto…

Se contarmos os milhões de passageiros que passam pela Portela todos os anos, rapidamente se percebe a quantidade monstruosa de tempo que a ANA nos faz perder!

E os leitores, qual a V/ experiência? Alguém consegue cronometrar a partir deuma chegada nas mangas para vermos a diferença?

Manter a atenção

Manter a atenção, ou manter o foco, como se costuma dizer, é bastante complicado hoje em dia. Particularmente difícil nos mais novos, mas também nos mais velhos, especialmente aqueles que gostam da procrastinação.

A Microsoft divulgou esta semana os resultados de um estudo que visou averiguar como rapidamente nos distraímos, em vez de manter o foco. O estudo foi efectuado no Canadá, mas as conclusões não deverão ser muito diferentes noutros países.

As principais conclusões do estudo, algumas das quais estão no infográfico abaixo, são as seguintes:

  • Em 2000, a capacidade de nos mantermos concentrados era de 12 segundos; em 2013, passou a ser de 8 segundos
  • Para os jovens entre os 18 e 24, quando nada os ocupa, a primeira coisa que fazem é alcançar o telemóvel; apenas 10% dos maiores de 65 anos o fazem
  • Antes de irem para a cama, 73% dos jovens verificam o seu telemóvel
  • 79% dos jovens utilizam outros meios de comunicação enquanto veêm televisão
  • 44% dos Canadianos têm que se concentrar muito para se manterem focado nas suas tarefas
  • 71% dos jovens Canadianos não sabem gerir o seu tempo, pelo que acabam trabalhando até tarde e aos fins de semana
  • 54% dos Canadianos admitem que a tecnologia pode algumas vezes tornar as suas vidas pior
  • 76% dos jovens Canadianos admitem que o multitasking é a única forma de fazerem as suas coisas
Infográfico da Microsoft sobre capacidade dos Canadianos manterem o foco

Infográfico da Microsoft sobre capacidade dos Canadianos manterem o foco