Uma máquina virtual Linux minificada

Sou um utilizador de máquinas virtuais há mais de 10 anos. Utilizo-as no meu trabalho profissional, e também pessoal. O Poupar Melhor é feito também numa máquina virtual, e o podcast é também aí gravado. Nos últimos meses, tenho vindo a tentar arranjar tempo para substituir as minhas máquinas virtuais Linux. As que utilizava deixaram de ser suportadas, e por isso tenho que as actualizar.

A estratégia que utilizo é primeiro criar uma máquina virtual o mais simples possível. Poderia fazer a coisa de forma diferente, mas começo por instalar uma versão standard, e depois vou limpando… O objectivo é chegar a uma versão tão pequenina, que depois possa ser copiada várias vezes. Porque algumas cópias de uma máquina virtual não optimizada podem dar uma contribuição significativa para a taxa da cópia privada.

A distribuição de Linux que decidi aplicar nas máquinas virtuais que vou passar a utilizar é o Linux Mint, versão 17.2. Baseado em Debian e Ubuntu, é claramente a distribuição mais popular do momento. E promete ser suportada durante os próximos cinco anos, o que quer essencialmente dizer que o trabalho que estou a ter agora provavelmente não terá que ser repetido nesse período.

O meu objectivo, e que vou relatar aqui, é conseguir enfiar o sistema operativo, mais as partes essenciais (browser, processador de texto, e mais umas pequenas coisas), em menos de 2 GB. Ao todo, quero um ficheiro virtual do disco com menos de 2.5 GB. É ainda um exagero, mas considerando que o Linux Mint chega a exigir 9.5 GB de disco neste momento, é uma redução ainda significativa.

Vou ir aqui relatando o processo até tentar chegar lá. Vou utilizar a versão com o desktop Cinnamon, embora o Xfce seja uma implementação mais “leve”. Vou utilizar a versão 32 bits, provavelmente um risco, até porque os 64 bits é o que está a dar. Todavia, garante uma ocupação de disco bem inferior e um footprint de memória também inferior. Duas características importantíssimas, quando existe uma proliferação de uso de máquinas virtuais…

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  1. Vi o que fizeste aqui “uma contribuição significativa para a taxa da cópia privada” :)

  2. Apenas uma ideia, caso não conheça: Docker. Se o objectivo é criar uma VM pequena para mais tarde ser copiada e reutilizada, a tecnologia Docker ajuda a montar esse “LEGO” final…

  3. Tiago,
    Obrigado pela referência que conhecia mal. No meu caso, penso que não é muito útil, mas compreendo que em determinados ambientes, eg. empresariais, possa fazer bastante sentido.

  4. Sim, o Docker ajuda bastante a nível empresarial (por exemplo, na altura de testes é óptimo para se rapidamente reverter as alterações feitas pelos testes). Pessoalmente também o uso bastante, porque sou aquele tipico “nerd” que gosta de experimentar novas coisas, e como muitas vezes um dos requisitos é a existência de uma base de dados e um servidor aplicacional é muito fácil reutilizar as coisas e ao mesmo tempo não duplicar o espaço das coisas.

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