O gráfico evidencia como a abertura das janelas ao final da madrugada contribuiu para um arrefecimento global da sala. Habitualmente deixamos os estores entreabertos para evitar a entrada de melgas e mosquitos, mas tal contribuiu inicialmente apenas para fazer baixar a temperatura junto ao tecto. Só quando durante a madrugada se abriu os estores, e depois se criaram as condições para uma corrente de ar efectiva, é que a temperatura baixou mais significativamente.
Quando as janelas se fecharam de manhã, já a temperatura exterior subia rapidamente. Nesse dia, e segundo dados do IPMA, a região de Lisboa registou 24ºC de mínima, enquanto a máxima se aproximou dos 40ºC. Note-se que antes do fecho das janelas, já a temperatura junto ao tecto havia estabilizado, apesar de que junto ao solo apresentava uma tendência de descida. Depois do fecho das janelas, a temperatura volta a subir rapidamente, muito por influência da carga térmica da casa. A sala registou alguma actividade durante o dia, verificando-se pequenas flutuações.
No final do dia, resolvi fazer uma experiência interessante. Apesar de saber que a temperatura exterior era superior, resolvi abrir as janelas. Rapidamente, a temperatura da sala começou a subir; aí parei a monitorização, e voltei a fechar as janelas.
Manter as nossas casas frescas, com estas temperaturas e sem recurso a ar condicionado, torna-se difícil. Tal como no Inverno, fechar as portas e evitar a circulação de ar, mantém a temperatura no centro da casa, só que no caso do Verão, mantendo-a mais fresca, e evitando a propagação do calor, como também havíamos referido neste artigo. Em qualquer caso, só compensa abrir as janelas quando a temperatura de ar exterior é inferior…
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