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Calor dentro do carro

Todos sabemos que o interior dos carros atinge temperaturas muito elevadas nesta época do ano. Quer dizer, também acontece noutras alturas do ano, como relatamos aqui. E sabemos que as boas práticas podem contribuir para menorizar este problema.

Por estes dias vi um artigo já um pouco datado, mas que me surpreendeu. Em particular, um gráfico relativo às temperaturas atingidas num carro, com as janelas fechadas e ligeiramente abertas (quase 4 cm).

Partindo de uma temperatura interior de cerca de 32ºC, a temperatura sobe rapidamente, quer com a janela fechada, quer com a janela ligeiramente aberta. A temperatura supera os 55ºC em menos de uma hora, (no meu caso já superei estes valores) sendo que mesmo com a janela ligeiramente aberta, a temperatura alcança os mesmos valores que sem a janela aberta. Embora não seja uma conclusão esperada, o gráfico aparentemente revela o que os investigadores mediram, pelo que é preciso muito cuidado com o que se deixa dentro do carro, sejam crianças, animais de estimação ou mesmo outras coisas:

Temperaturas interior carro

Mapa de Radares de Portugal

Há uns dias, referimos aqui o aparecimento dos novos radares. Nele referenciamos um mapa com a localização desses radares.

Entretanto, descobri um mapa ainda melhor. Tem radares fixos e móveis, bem como os sítios dos pontos negros e os novos radares SINCRO. Está disponível no site Radares de Portugal, site que também tem notícias interessantes relacionados com o tema. Assim, antes de partirem de férias, deêm uma vista de olhos:

Carros e condução autónoma: Tesla e Google

A evolução tecnológica é uma coisa fabulosa. Tem permitido algumas coisas impensáveis nas últimas décadas, mas, mesmo assim, constata-se que para alguns avanços se verificam muitos recuos… Hoje vou falar só um bocadinho sobre os carros que se conduzem autonomamente. É um sonho antigo, mas que tem tido nos últimos tempos dois actores principais. Por um lado, a Google, e por outro lado, a Tesla.

Começando pela Tesla, só me dei conta de que já tinham mecanismos de condução automática, por causa do seu primeiro acidente com um morto, Joshua Brown, e que ocorreu no passado dia 7 de Maio. O relato mais detalhado que encontrei na net foi este. Como o sistema automático está em beta, e como ele parece ser uma versão mais avançada do comum cruise control, a Tesla aparentemente avisa que os condutores devem manter as mãos no volante. Depois deste primeiro acidente, houve pelo menos um segundo e um terceiro, tendo todos alegadamente ocorrido com o modo automático de condução ligado.

A Google, por outro lado, tem investido numa enorme fase de testes do seu carro autónomo. Prefiro esta abordagem, porque esta tecnologia tem que ser provada primeiro, em vez de se ir provando. Todos os meses sai um relatório, e no último podemos observar que os veículos já percorreram autonomamente cerca de 2.7 milhões de quilómetros, tendo sido registados dois acidentes durante o mês de Junho. Muitos vídeos sobre estes automóveis estão disponíveis neste canal Youtube.

Obviamente, há muitas mais vertentes que serão dissecadas à medida que o tempo passa. Algumas já são visíveis na web, equacionando por exemplo se serão boas para o Ambiente. Mas, haverá outras grandes vantagens. Como a do vídeo abaixo, onde um cego, é conduzido pelo Google Chauffeur:

Novos radares

Depois de sabermos que a carta de pontos teria alterado completamente o comportamento dos portugueses nas estradas, eis que surgem os novos radares, baseados no sistema SINCRO.

É claro que não serão para aumentar a receita das multas. É claro também que o único objectivo é reduzir os acidentes. Certo é que custou uns milhões de euros. E vem tarde. E está muito desactualizado tecnologicamente, pois vejam o que já fazem nuestros hermanos… Mas já começou a apanhar incautos, que recebem uma multa imediatamente!

Enfim, é sempre importante cumprirmos o Código da Estrada. Mas também saber onde são os locais “extremamente críticos”, perdão, os radares. A Renascença fez um mapa interactivo muito interessante, que reproduzimos abaixo. Vejam, para não serem apanhados desprevenidos:

Sinistralidade diminuiu por causa dos pontos?

Aqui há pouco mais de um mês alertamos para a introdução da carta por pontos. Passado mais de um mês sobre a sua introdução, já há estatísticas fresquinhas: segundo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, as contraordenações diminuíram 25,4% em junho! Segundo ele, os condutores passaram a ter um “comportamento completamente diferente na estrada“.

É claro que como bom político, ele disse que o importante para o Estado português “não é ter receitas pelas contraordenações”, nem “despesas com a sinistralidade”, mas sim reduzir o número de acidentes rodoviários nas estradas. Fui ver à página da ANSR sobre as estatísticas dos acidentes, mas fiquei a saber que a ANSR deixou de publicar dados com a entrada deste Governo. Assim que existirem estatísticas, talvez venhamos a ser surpreendidos…

Se tivermos em conta as estatísticas mais recentes, talvez o Governante tenha sorte nestas estatísticas macabras. É que os acidentes aumentaram quase 5% em 2015, face a 2014. E no primeiro trimestre aumentaram 9%.

E o que é que diz a lógica da batata? Pode dizer que quanto mais alto se sobe, de mais alto se cai? Ou seja, como os Portugueses se acidentaram mais nos últimos tempos, as estatísticas agora vão melhorar? A lógica da batata poderia também pressagiar que ficamos mais pobres em Junho, pois parece que há uma associação entre sinistralidade e dinheiro

Poupança combustível em função do peso

Num artigo anterior, referenciamos mais um item que contribui para o aumento do peso do carro. Na altura dei-me conta de que apesar de já termos referenciado o impacto do peso no consumo dos automóveis, ainda não nos havíamos referido a quanto é que é exactamente a poupança derivada de um veículo mais leve.

Obviamente, o peso é apenas mais um factor a contribuir para as contas do consumo. A dificuldade de equacionar o factor peso é visível na aparente ausência de estudos científicos que nos digam quanto é exactamente a poupança.

O Departamento de Energia dos EUA tem disponível um documento interessante, que nos dá várias pistas para equacionar o problema. São referenciados dois estudos, que abordaremos de seguida, e que referem que uma redução de 10% no peso de um carro leva a uma economia de consumo de cerca de 6.8%. Num desses estudos, verifica-se que também a aceleração é beneficiada, com os mesmos 10% de redução de peso a contribuirem para uma melhoria de 7% no tempo de aceleração dos 0 às 60 milhas por hora.

Um dos estudos referenciados no documento atrás é um estudo realizado por Ricardo Inc., de 2009. Os valores de poupança referidos no parágrafo anterior variam em função de determinados aspectos. Um dos que mais me chamou a atenção, foi o impacto da variação de peso no consumo, mas também em função da velocidade. Como se pode ver na imagem a seguir, a poupança conseguida com a diminuição de peso diminui à medida que aumenta a velocidade.

 

Melhoria de consumo diminui com aumento da velocidade

Melhoria de consumo diminui com aumento da velocidade

Tal é compreensível, porque o peso é mais importante no arranque, e porque a maior velocidade, a resistência ao ar começa a tornar-se bem mais significativa que a variação de peso.

Outro estudo interessante é esta tese de douturamento do MIT. Analisando o peso de automóveis entre 2006 e 2008, e o respectivo consumo, os autores obtém uma linha de tendência relativamente bem definida, e que estabelece que cada redução de 100 Kg corresponde a uma diminuição do consumo em cerca de 0.53 L/100Km:

Tendência

Tendência da evolução do consumo em função do peso

Os autores coligem ainda uma série de resultados de outros estudos. Está na página 30 do PDF:

Resultados de outros estudos

Resultados de outros estudos

Nas conclusões, os autores referem que em termos absolutos, cada 100 Kg de redução de peso corresponderão a uma redução de 0.39 L/100Km, para um carro de tamanho médio, a gasolina.

Extrapolando para o exemplo da água do limpa vidros, e considerando o valor anterior, temos então que os 6 litros serão 6% dos 100 Kg, pelo que a poupança será de 6% dos 0.39 L/100Km, ou seja 0.0234 L/100Km. Numa viagem de ida e volta ao Porto poupamos assim 6 x 0.0234 L = 0.1404 L. Ao preço da gasolina de cerca de 1.50 €/L, tal significa uma poupança de cerca de 21 cêntimos de euro…