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Estacionar quando sair do país pelo Aeroporto de Lisboa

Motociclos por @designerferro

Motociclos por @designerferro

Em tempo falei-vos aqui de como é frustrante ir buscar alguém ao Aeroporto de Lisboa só para descobrir que pagámos caro o parque de estacionamento para estarmos à espera. Na altura sugeri que fossem até à Área de Serviço onde podem tratar da lavagem do carro, usufruir da esplanada ou rever a pressão dos pneus enquanto aguardam pelo vosso passageiro.

Hoje vou até Bruxelas e na preparação da viagem deparei-me com o problema de ter de pagar o transporte de fora de Lisboa até ao Aeroporto ou o estacionamento que estivesse fora. Enquanto a ANA oferece um valor de 5,00 € por dia para estacionar no parque 4, pareceu-me o momento ideal de ginasticar os meus conhecimentos de utilização do Google e dei com esta frase:

Motos

O Parque P3 inclui uma área reservada ao estacionamento gratuito de motos e scooters.

Use a entrada nascente e procure a zona de estacionamento dedicado.

O estacionamento para a Scooter é excelente:

  • Coberto;
  • Com vigilância humana;
  • Com CCTV.

Para uma viagem curta de 2 ou 3 dias a um país da Europa uma mala de mão que não necessite de ir para o porão é mais que suficiente. Uma mala destas leva-se lindamente na Scooter, até porque as que tenho são como uma mochila, mas com as medidas autorizadas a viajar fora do porão.

Portugueses a poupar!

Na entrevista que Passos Coelho deu a semana passada, houve um excerto que passou despercebido, ou do qual não se deu muita importância. O excerto decorre a partir do minuto 36:20, sendo que a parte relevante é a seguinte:

“A poupança em Portugal cresceu significativamente ao longo deste ano. Cresceu ao longo deste ano.”

(…)

“Pode-me perguntar: bem, mas isso não era previsível o ano passado? Talvez fosse previsível, mas não nesta dimensão.”

(…)

“O que é que se passou portanto aqui? O que se passou é que há muita gente, que como dizia e muito bem, ou por receio em relação ao futuro ou por precaução, ou por qualquer outra razão, podia, tinha rendimento para poder gastar e não gastou. Em Julho nós tínhamos um desvio das receitas fiscais de cerca de 1.2 mil milhões de euros. Mais de metade deste valor decorria do facto de se terem vendido menos automóveis. Quer dizer, entre o imposto automóvel e o IVA derivado da venda dos automóveis, respectivamente 285 milhões de euros e 400 milhões de auros, quase 700 milhões de euros, era porque não se tinham vendido automóveis. Apesar de haver pessoas que os podiam ter comprado. Isto, se quiser tem um efeito positivo. Como os carros que compramos vem da Alemanha, vem da Itália, vem da França, e por aí fora. Nós pagamos menos a esses países, mas em compensação as receitas fiscais baixaram.”

Estas observações do Primeiro Ministro merecem uma reflexão.

Perante um cenário de crise os Portugueses fizeram o que era mais adequado: Pouparam!

Aliás, este comportamento da Sociedade até é benéfico, como já revelámos neste artigo.

Os Portugueses podiam ter comprado carros construídos em Portugal, mas já sabemos que são tão poucos os que produzimos, e Passos Coelho nem os referiu…

Aliás, os Portugueses fizeram o que se esperava: em vez de comprarem automóveis, que são caros e pouco económicos, viraram-se para alternativas mais baratas, como a que já descrevemos no Poupar Melhor, relativamente por exemplo à utilização de motociclos.

A venda de motos aumentou 1% em 2011 no segmento que constitui a verdadeira alternativa aos automóveis, e neste ano de 2012, é o segmento que menos cai.

O Estado e o Governo têm muito a apreender com os Portugueses. Em vez de querer mais dos nossos impostos, ou que nós compremos mais automóveis para depois receber o respectivo imposto, o Estado e o Governo têm que se habituar é a gastar menos…

O Estado e o Governo tem de apreender a Poupar Melhor… como nós, os  Portugueses.

Poupar gasolina andando de mota

Litros aos 100 km

Consumo de gasolina em litros por 100 Kilometros

Já aqui vos disse como me propunha poupar na gasolina e no tempo com uma mota e como já usufrui dessa decisão.

Para controlar os resultados fui mantendo com a ajuda de uma App para o iPhone os registos dos consumos que fui fazendo desde que comprei a mota. Os dados recolhidos são os que partilho aqui convosco.

Aquilo que podem ver é que o consumo oscila entre os 3,4 litros e os 3,7 aos 100 km, o que é justificável pelo tipo de condução que vou fazendo.

A mota que escolhi tem os melhores rendimentos à 6 mil rotações por minuto, o que a leva facilmente a prestações entre os 100 e os 110 km/h, mais que suficiente para auto-estrada.

Yamaha Xmax e 2 capacetes

1 Yamaha Xmax e 2 capacetes por @designerferro

Na cidade, os seus 200 kg de peso equilibram-se lindamente entre o trânsito e a sua aceleração garantem-me distância suficiente de todos os outros condutores para não ter de me preocupar com batidas por trás.

Montar um sistema de video vigilância

Na sequência do estudo que fiz aqui relativamente aos custos da deslocação pendular que faço regularmente de casa para o trabalho, ganhou o motociclo como melhor solução custo/tempo, muito por causa daquilo que o motociclo oferece como independência em relação às filas de trânsito. A decisão de comprar o motociclo está tomada, mas levantou-me questões sobre a segurança do mesmo.

Afinal, para levar um motociclo basta uma carrinha. A minha procura por meios que mantivessem, não só o motociclo preso ao chão quando estivesse no parqueamento, mas também de registos de vandalismo levou-me a procurar informação sobre câmaras IP/WiFi e concluir que são mesmo muito caras. Soluções de segurança como a Dropcam podem custar valores que impedem o investimento no motociclo.

Embora não vá fazê-lo por questões legais, acabei por descobrir uma maneira de com menor investimento para quem como eu que tem muitos computadores velhos lá por casa fazer o mesmo serviço.

Como sabem do outro blog, tornei-me fã do Ubuntu como solução de computador pessoal por várias razões, mas isso fica para outro post. Para esta solução Ubuntizei um portátil antigo e juntei-lhe uma webcam.

Para o conjunto vão necessitar de uma conta no Dropbox, acesso à internet e o utilitário motion. Os vídeos abaixo explicam tudo em 20 minutos.

Parte 1:

Parte 2:

(Claro que não estou a levar em conta o custo energético da brincadeira)

Terceira etapa: Fazer as contas à greve

Com as filas da Greve, não há como usar um motociclo para não estar dependente destas ou dos transportes públicos, mas a decisão de substituir um carro por um motociclo não pode ser feita sem as avaliarmos quantitativamente o que vamos poupar.

Para calcular a melhor solução para conseguir aumentar a eficiência das deslocações para o trabalho, já identifiquei todos os troços, medi e somei a distancia de todos os troços que compõem os percursos, determinei os valores que entravam para o cálculo e quais os que deveriam resultar.

Para a folha de cálculo do custo diário e para termos comparativos foram tidos em conta:

  • Custo do Gasóleo por litro;
  • Custo da Gasolina sem chumbo 95 por litro;
  • Consumo médio atual;
  • Consumo médio previsto de moto; e
  • Passe Transtejo com parqueamento.

O problema aqui é o custo dos combustíveis. A melhor solução para este problema seria mesmo fugir ao combustível fóssil com um motociclo elétrico, mas o valor inicial de aquisição, a autonomia e a falta de forma de a carregar tornaram a opção proibitiva.

O custo dos combustíveis também é um problema difícil de controlar uma vez que ou está sempre a subir ou também está sempre a subir, e com o gasóleo quase ao preço da gasolina sem chumbo 95, o que irá fazer a diferença será o consumo do veículo e não o combustível.

Para que a opção da moto (motociclo) estivesse em pé de igualdade com as restantes, os seguintes itens foram tidos como custo inicial:

  • Equipamento para 2 pessoas: Capacetes, Luvas, Casacos e Botas;
  • Cadeados;
  • Alarme;
  • Ancora; e
  • Licença de condução para motociclo com mais de 125cc.

Nos cálculos para comparação, todos os veículos tiveram direito a valores para

  • Custo de revisão; e
  • Ciclos de revisão.

Os custos com seguros foram descartados por não serem muito diferentes para o meu perfil.

Como tenho dois carros, provavelmente não será poupado manter um carro parado, com custos de impostos, seguro e outros, por isso coloquei um carro à venda em stand online e também no Facebook. O valor poderá reduzir o tempo que a troca leva a pagar-se a ela própria, mas para questões de clareza a folha de cálculo prevê zero euros na venda, o que permitiu mais facilmente obter uma conclusão.

Para os transportes públicos, contei com as seguintes despesas:

  • Passe Metropolitano;
  • Parque no terminal fluvial; e
  • Passe Transtejo com Metropolitano 22 dias uteis.

Os tempos, não contando com imprevistos, são bastante semelhantes entre a modalidade que usa a opção motociclo e a que usa apenas carros. Aqui, já era de esperar os transportes públicos serem mais demorados, mesmo não contando com a totalidade dos tempos de espera entre ligações e fazerem greve uma vez por ano, pelo menos:

Modalidade Meio  Minutos por dia Totais
Carro e Barco Barco 60 145
Carro 39
Metro 46
Mota e Carro Carro 27 98,6
Mota 71,6
Todos de carro Carro 101 101

O vencedor no tempo será sempre, e desde que não chova muito, o motociclo (mota): consegue fugir ao transito e como vamos ver custa menos por dia que o carro, mantendo a liberdade:

Modalidade Meio  € por dia Totais
Carro e Barco Barco, Metro e Parque 4,15 € 5,83 €
Carro 1,68 €
Mota e Carro Carro 1,01 € 5,93 €
Mota 4,92 €
To dos de carro Carro 8,12 €  8,12 €

Os transportes públicos são o vencedor por uma nesga em custo diário.

Assim ficamos com maior poupança de tempo na moto e maior poupança de dinheiro no conjunto dos transportes públicos. Na questão do tempo e da distância, os transportes públicos são bastante penalizados pois os horários dos transportes públicos são algo incompatíveis entre eles e com a necessidade de ir buscar as crianças antes das 19h30m.

Dois  preconceitos que tinham de ser testados:

  1. Que andar de motociclo permitia poupar; e
  2. Que andar de transportes públicos permitia poupar.

As conclusões não foram todas as que esperava. O dilema aqui parece claro:

  • Poupar tempo; ou
  • Poupar dinheiro.