A novidade do USB-C

Já sabia da novidade do USB-C há algum tempo, e até prometia. Mas, a frustação tida com o novo telemóvel faz-me olhar para o USB-C de forma muito diferente!

Para começar, é uma forma claríssima de obsolescência programada! Tinha um investimento feito em cabos e carregadores USB, não só cá em casa, como em termos profissionais, e tudo isso vai ir por água abaixo!

E não me venham com as supostas grandes vantagens do USB-C! Um carregador é um carregador…

Uma das primeiras dúvidas que me veio à cabeça logo que abri a caixa do Nexus 5x era o porquê do Google não ter incluído no seu Nexus um adapatador para um USB, digamos que normal? Dúvida estúpida a minha, quando comecei a descobrir os preços de um simples cabo/adaptador, que para um USB normal se compra muito facilmente por alguns cêntimos?

É que encontrar um cabo que ligue o meu portátil, ou outros computadores, ao meu novo telemóvel, por menos de 20 euros é difícil. O da Google custa 14.99 €, mas está esgotado!

Mas, a coisa consegue ficar muito mais preta! Há por aí uns cabos mais baratos, mas de qualidade bem discutível. Um dos investigadores mais citados neste domínio é Benson Leung da própria Google, que nos explica como a tecnologia presente nestes cabos basicamente engana os equipamentos que a eles ligamos. Mesmo ele já foi uma grande vítima destes cabos, pois um simples cabo defeituoso deu-lhe conta de um equipamento de 1500 dólares… Na colecção de artigos que faz, onde analisa cabos vendidos na Amazon, são bem mais os “bad cables” que os bons… Outros utilizadores na Internet têm compilado as suas análises, com base no Reddit, numa folha de cálculo online, ou num site.

A obsoloscência programada desta tecnologia é realmente escandalosa! Para acabar com os cabos baratos, que cumprem a sua função, inventa-se uma coisa nova tão potente, que vai obrigar os consumidores a pagar esses cabos ao preço de ouro! Faz-se uma coisa tão difícil, que os imitadores vão desparecer por uns tempos… E como os problemas são em grande, elimina-se a concorência. Na história do carregador do Nexus 5, o interlocutor do Google fartou-se de perguntar se não tinha utilizado outro cabo ou carregador? Mesma conversa na loja… O problema não vai desaparecer tão cedo.

Tipos de conectores USB mais comuns (retirado daqui)

Tipos de conectores USB mais comuns (retirado daqui)

Amazon Echo no Raspberry Pi

Amazon Echo

Amazon Echo

A Amazon Echo é um produto oferecido na forma de uma coluna de som com comandos de voz. Esta coluna de som é ligada ao serviço Alexa da mesma Amazon e responde aos comandos dados pelo utilizador para tocar música, responder a perguntas ou outras coisas, desde que ligadas à Amazon.

Ainda não tínhamos falado aqui dela, talvez porque quando falamos destas coisas automatizadas penso nelas sempre como um projeto a fazer com o Raspberry Pi (RPi). Já não era a primeira vez que publicava aqui as experiências com o Raspberry Pi para o transformar em algo que pudesse melhorar de alguma forma as funcionalidades da minha habitação.

Agora a Amazon publicou no GitHub as instruções para transformarmos os nossos RPi 2 numa coluna Echo. Para quem já tem o RPi trata-se de uma verdadeira poupança uma vez que a coluna custa $179,99.

Amazon Echo no RPi

Amazon Echo no RPi

Para este projeto vamos necessitar de um microfone USB, teclados, ratos e uma coluna externa para se ouvir o que diz o serviço de voz Alexa da Amazon.

As instruções no GitHub são bastante detalhadas e com todas as imagens. Os passos de registos como Amazon developer são um bocado chatos, mas nada que não se faça. No final destes passos todos vão ficar com uma app Java que faz o interface com o serviço Alexa da Amazon.

Para que isto integre corretamente no meu RPi que está sempre ligado vou precisar de algumas coisas como um botão que liga o microfone para poder falar com a Alexa, algo que não vão encontrar de origem no RPi.

Melhor Mentira do Primeiro de Abril?

Há uma boa colecção de grandes mentiras do primeiro de Abril. Mas a minha preferida, e que serve para comemorar a data, é sem dúvida a do cultivo de spaghetti, emitido pela BBC a 1 de Abril de 1957. Como podem ver abaixo (vão ter que ver mais que uma vez para apreciar verdadeiramente todos os pormenores deliciosos), não estranha que centena de britânicos tenham ligado para a BBC, a quererem também plantar spaghetti:

Diferentes detergentes de roupa

A nossa leitora Sónia deixou-nos um desafio há algumas semanas na página de Sugestões: averiguarmos o conceito de “dose” de detergente, e relação com outros factores, nomeadamente o peso.

É um conceito que não conheço em profundidade, mas sempre tive as mesmas dúvidas da Sónia. Como este é um tema certamente complexo, vamos comer o elefante aos bocadinhos.

Para começar, tirei fotografias aos dados detalhados de alguns detergentes. Este artigo, que é só para começar, serve para evidenciar como qualquer um se baralha neste domínio. Para isso, fiz a compilação abaixo (cliquem para ver melhor), para comprovar justamente isso.

Como podem observar, as variáveis referenciadas que poderão condicionar uma poupança em detergente são mais que muitas (algumas não visíveis na imagem), sendo algumas delas as seguintes:

  • Número de doses
  • Peso da embalagem
  • Dureza da água (questão semelhante à do sal na máquina de lavar loiça)
  • Temperatura da água
  • Tamanho da dose (mililitros ou gramas?)
  • Dimensão do tambor da máquina de lavar
  • Tipo de roupa a lavar
  • Sujidade da roupa a lavar

Dados detalhados de alguns detergentes

Dados detalhados de alguns detergentes

Google oferece gratuitamente os filtros Nik

Nik logo

Nik logo

A Google anunciou esta semana que oferece gratuitamente os seus filtros de imagem Nik. Esta oferta pode parecer uma prenda sogra uma vez que estes filtros estão preparados para uso em software que é muito pouco económico, como Adobe Photoshop, Lightroom ou Apple Aperture.

Para quem não faz tratamento profissional de imagem, investir em programas de computador caros é péssima ideia. Aqui no Poupar Melhor já demos alguns exemplos de programas de software livre de tratamento de imagem que servem perfeitamente para quem queira dar-se ao trabalho.

Felizmente, a Google oferece estes filtros separados dos softwares de tratamento de imagem. Depois de fazerem download do Nik Collection e instalarem, os filtros ficaram disponíveis no OSX como um conjunto de aplicações separadas.

Para fazerem uso deles a partir do GNU Image Manipulation Program (Gimp), encontrei um post num forum que explica como isso é feito para o Windows.

 

Mapa do Planeta por domínios Internet

A Internet tem associada várias coisas fundamentais, e uma delas é respeitante aos domínios. Tal foi concebido em meados da década de 80, e já na altura houve uma divisão entre o que se designou por TLDs (Top-Level Domain). Por um lado, os TLDs organizados por categorias (.com, .org, .net, …), por outro os organizados por países (.pt, .es, .br, …). Desde então, muita coisa mudou na Internet, mas só nos últimos anos houve mudanças substanciais neste âmbito.

Para dar uma visão sobre a extensão dos TLDs nacionais, a Nominet criou um infográfico muito interessante onde se “distorce” o mapa do planeta para evidenciar a dimensão virtual de cada país, em termos do número de domínios registados. O mapa está representado abaixo, mas para obterem uma versão com o detalhe completo, devem clicar neste link.

O mapa evidencia como alguns países têm um conjunto de registos muito significativos. O exemplo maior é o .tk, e vale a pena ler este artigo para perceber o contexto. Os países europeus têm uma dimensão significativa, bem como a China, por exemplo. Portugal acaba por ter uma presença também superior à média.

O mapa contém algumas imprecisões, como a referência a .tp, que agora é .tl (Timor Leste). Todavia, a maior falta é a representação dos outros TLDs, nomeadamente o .com, que representa quase metade da totalidade de domínios da Internet. Ainda assim, vale a pena dar uma vista de olhos:

Mapa virtual dos TLDs nacionais da Internet

Mapa virtual dos TLDs nacionais da Internet (versão grande original)