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Diferenças entre a mota de 2012 e a de 2015

Comparação do consumo com o custo por cada 100 km entre 2012 e 2015

Comparação do consumo com o custo por cada 100 km entre 2012 e 2015

Já aqui tinha contado como troquei a Yamaha Xmax 250  cm3 por uma Honda Integra 750 cm3 no inicio de outubro de 2014 e o resultado foi que deixei de ter dores nas costas. A troca de uma mota de cilindrada mais baixa por uma maior fica bem patente no gráfico no final de 2014. O consumo sobe e a poupança desaparece… ou talvez não.

Se tivermos em conta a baixa do custo da gasolina, o resultado pode não se tão feio como o gráfico quer fazer parecer. Primeiro quero lembrar-vos que encho sempre o depósito e sempre no mesmo sitio, à exceção de duas ou três vezes por ano, o que já assinalei nos quadros que fui publicando noutras ocasiões.

O quadro abaixo resume o que foi possível apurar dos dados que fui registando.

Médias

média

l/100km

média

€/l

média

€/100km

Honda Integra 750

3,971

€1,50

€5,44

Yamaha Xmax 250

3,637

€1,37

€5,45

Diferença

0,334

€0,12

€0,01

O custo por litro da gasolina sem chumbo 95 à data que comprei a Xmax em janeiro de 2012 era € 1,56 e na última vez que fui encher o depósito janeiro de 2015 era de € 1,239. A diferença entre 2012 e 2015 é de menos € 0,321, mas a diferença da média do litro de gasolina durante a utilização da Xmax e a utilização da Integra é de € 0,12.

O consumo na Xmax resultou em média em 3,637 l/100km. Com a Integra a média de consumo é de 3,971 l/100km. A diferença é de o,334 l/100km.

O resultado mais inesperado é que o preço por cada 100 km se manteve quase inalterado, uma consequência da baixa do preço do petróleo e subsequente valor da gasolina sem chumbo 95.

Se o custo da gasolina se tivesse mantido estável ou mesmo subido, o resultado ter-se-ía traduzido numa operação negativa do ponto de vista da economia, sendo apenas satisfatória do ponto de vista do conforto.

Consumo de gasolina e preço entre 2012 e 2015

Consumo e Preço da gasolina s/ chumbo 95 entre 2012 e 2015

Consumo e Preço da gasolina s/ chumbo 95 entre 2012 e 2015

Andei uns tempos a pensar mudar de mota. O amortecedor da Xmax 250 não era propriamente algo que que me estivesse a fazer bem. As dores nas costas derivado de uma hérnia e das agressões do pavimento eram constantes e cheguei mesmo a pensar mudar de mota para um carro. Este seria o pior cenário para mim.

Quando falei do tema com outros motards, explicaram-me que o problema poderia estar no amortecedor. Na realidade a Xmax tem dois amortecedores verticais que, segundo eles, seriam muito pior que um mono-amortecedor não vertical.

As motas com menos de 500 cm3 não estão tipicamente equipadas com outro tipo de amortecedor. Os sistemas de mono-amortecedor encarecem o produto e tipicamente, sendo motas para usar em curtas-distâncias, os compradores não exigem tanto do veículo.

Troquei de mota para uma Honda Integra 750 cm3 no inicio de outubro de 2014 e o resultado foi que deixei de ter dores nas costas. O amortecedor fica por baixo do banco, mas num diagonal do braço da roda traseira que aponta para o guiador.

O impacto da troca não foi só as melhorias para a saúde, mas também o que está à vista no gráfico. Tipicamente com consumos muito mais vantajosos em estrada por ser de maior cilindrada, os consumos dentro da cidade são de tirar um autor do Poupar Melhor do sério.

Em contrapartida, o preço da gasolina estar abaixo dos preços de 2012 têm compensado as diferenças no consumo, mas isso fica para outro dia.

131º gráfico: o das temperaturas da janela com plástico de bolhas e do consumo da gasolina

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana descobrimos como a principal utilidade do plástico de bolhas não serve só para acabar com o stress, mas também pode servir para reduzir as diferenças de temperatura durante o dia quando é colocada num vidro.

Terminamos a falar das diferenças entre os custos de gasolina entre as duas motas, de 2012 a 2015.

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ISP explica muita coisa!

Este artigo é um aprofundamento do artigo inicial a comparar a evolução do Crude vs. Gasóleo em Portugal. Procuramos depois quantos dias de desfasamento davam origem a uma melhor correlação da evolução entre o Crude e o Gasóleo. Finalmente verificamos que a evolução do rácio entre o Brent e o Gasóleo tinha algumas imperfeições.

Parte dessas imperfeições é função do ISP (Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos). O ISP é um imposto fixo por litro, ou seja não varia em função da evolução do crude, e que até vai engrossar as receitas do Estado. Manteve um valor de 0.36441 por litro de gasóleo durante o período analisado no gráfico, pelo que uma estabilidade desse valor não explica qualquer variação neste novo gráfico. Noutros locais há referências a um valor ligeiramente distinto, 0.36941, mas para efeito deste artigo continuaremos a utilizar 0.36441 por litro de gasóleo.

O gráfico abaixo continua a evidenciar um rácio, entre o preço do Brent em Euros, e um denominador que consiste no valor do preço por litro de gasóleo, subtraído do valor do ISP. Como se pode observar, existe uma maior linearidade até meados do ano passado, e uma queda abrupta depois:

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Rácio Brent(EUR)/(Gasóleo – ISP)

Em circunstâncias ideais, o gráfico seria uma recta, de preferência horizontal. Tal significaria uma evolução do preço do gasóleo apenas dependente do preço do Brent. Como tivemos hipótese de explicar anteriormente, uma subida dos rácios é boa para o consumidor, enquanto uma descida é má.

Da forma como vejo as coisas, à tendência de subida dos últimos anos provavelmente está associada a introdução de uma maior concorrência, provavelmente associada a uma maior implantação das bombas low-cost. Mas, a enorme descida dos últimos meses revela que os consumidores estão a perder imenso.

Ou seja, pode realmente acontecer que afinal o preço dos combustíveis não esteja realmente a descer como devia…

129º bug: o dos Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e os bugs nos sistemas operativos

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Esta semana voltamos a falar do preço do gasóleo, mas agora para procurar a distância entre o gasóleo vendido e o Brent. Terminamos a falar sobre as vulnerabilidades dos sistemas operativos exploráveis pelas portas físicas nos sistemas.

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Rácio Brent / Gasóleo

Em artigos recentes, falamos sobre a evolução dos preços do Gasóleo em Portugal, em função da evolução do crude. Vimos depois que a maior correlação entre a evolução do preço do petróleo, e do preço do gasóleo em Portugal, se verifica com 7 a 8 dias úteis de diferença. Um dos aspectos que é suposto acontecer é existir uma proporcionalidade entre o preço do petróleo e o preço dos combustíveis na bomba. Um dos primeiros exercícios que fiz foi fazer um gráfico do rácio entre o preço do crude (Brent em euros) e o preço médio do gasóleo em Portugal, desfasados em 8 dias:

Rácio Brent(EUR)/Gasóleo

Rácio Brent(EUR)/Gasóleo

Como se pode observar, o gráfico tende ainda a seguir os altos e baixos da evolução do crude. Não esperava que fosse tão evidente. Tal significa que a evolução realmente não evidencia a proporcionalidade esperada. No gráfico anotei dois pontos relevantes no tempo em termos de fiscalidade, neste caso do IVA. Como seria de esperar, o aumento do IVA forçou os rácios para baixo. Do ponto de vista do consumidor, uma descida dos rácios é mau, enquanto uma subida dos rácios é boa. Alguns exemplos, alguns exagerados, ajudam a explicar este raciocínio:

  • Se o preço do petróleo estiver a 50€ e o litro de gasóleo custar 1€, então o rácio é 50. Se o preço do petróleo se mantiver nos 50€, mas o preço do litro do gasóleo subir para 1.25€, então o rácio passa a ser de 40.
  • Se o preço de petróleo subir dos 50€ para 60€, mas o preço do litro do gasóleo se mantiver em 1€, é fácil de perceber que o rácio sobe para 60.

Outro aspecto, que será analisado num artigo subsequente, diz respeito ao ISP. No período analisado, e segundo as próprias contas da APETRO o valor do ISP manteve-se constante.Mas o ISP é um imposto fixo, por litro, pelo que deverá explicar parte da evolução que se verifica neste gráfico, especialmente aquando das subidas e descidas significativas. Ainda assim, continuo com muitas dúvidas. Infelizmente, no gráfico não é também possível ver o impacto das promoções que eram efectuadas no terceiro domingo de cada mês pela GALP e que acabou em janeiro de 2013, pois o gráfico teve que ser construído apenas em dias úteis, quando está disponível o preço do Brent e da conversão Euro-Dólar. É também enigmático que preços do crude mais elevados pareçam ser melhores para os consumidores… Em qualquer caso, pode estar qualquer coisa “engatada”. Pode não acontecer o mesmo com a gasolina. Ou então é mesmo assim, mas muito possivelmente está a falhar-me qualquer coisa evidente… Vamos ver o que dá a análise do ISP. Entretanto, algum leitor encontra mais aspectos interessantes nestes gráficos?