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Emprego Público

Num dos primeiros artigos do Poupar Melhor, referenciei que uma das frases que mais me fascina na Gestão é “You cannot manage what you cannot measure“. Nestes dias de discussão do Orçamento, uma das coisas que mais me fascina é a discussão pública sem números. Como este ano optamos por não repetir o exercício do Orçamento de Estado de 2013, em que analisamos as Despesas e Receitas, prometi a mim mesmo que havia de apreender mais qualquer coisa, significativamente diferente.

Quando pensava que isso já não ia acontecer, tropecei na Síntese Estatística do Emprego Público, elaborado pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público. Aquilo que eu pensava que estava escondido a sete chaves, afinal existe, e surpreendentemente pronto a ser analisado em folhas de cálculo: múltiplos indicadores sobre o emprego público.

Os quadros abaixo são gráficos rapidamente elaborados a partir da mais recente folha de cálculo do DGAEP, relativos aos dados do segundo trimestre deste ano. Eles representam os seguintes indicadores, sendo que nos dois primeiros casos, registamos a distribuição percentual, enquanto no último se dá o valor médio das remunerações:

  • Emprego no sector das administrações públicas por subsector e ministérios/secretarias regionais
  • Emprego no sector das administrações públicas por cargo/carreira/grupo segundo o subsector
  • Remunerações de base e ganhos médios mensais nas administrações públicas por cargo, carreira e grupo segundo o subsector – trabalhadores a tempo completo

Como é habitual aqui no Poupar Melhor, os dados neste caso são apresentados em bruto. Cada um saberá certamente tirar as suas conclusões. Para mais detalhes, é só carregar a folha de cálculo!

Emprego por sector

Emprego por subsector e Ministérios

Cargo carreira grupo

Emprego por cargo/carreira/grupo

Remunerações

Remunerações base média mensal por cargo/carreira/grupo

Menos sono, pior desempenho

Flickr Creative Commons - umjanedoan

Flickr Creative Commons – umjanedoan

O A.Sousa tem-se preocupado com o sono e tem razões para isso. Um estudo publicado em Julho de 2013 no The Journal of Neuroscience veio demonstrar que o funcionamento do nosso corpo durante o sono atua sobre coisas tão importantes como a mielina, o revestimento que cobre os nossos nervos. Se imaginarmos que os nossos nervos são o que permite ao nosso cérebro enviar as instruções por impulsos elétricos a todos os pontos do nosso corpo, percebem que se esses caminhos não tiverem isolados com a mielina então a comunicação sofrerá interferências.

O estudo laboratorial em ratos mediu as variações de produção dos elementos necessários à manutenção do nosso sistema nervoso e que estes são produzidos essencialmente durante o sono REM ou Rapid Eye Movement (“movimento rápido dos olhos”). Isto significa que não serve apenas dormir, tem de ser num determinado modo. Este sono REM não ocorre quando dormitamos porque estamos num estado semi-alerta, e por isso a produção dos efeitos não ocorre.

Aquela sensação estranha que têm depois de não dormir, não é afinal nada mais nada menos que a falta que o nosso corpo sente da sua manutenção habitual. A duração do sono pode ter sido de 8 horas, mas a percentagem de sono REM não terá sido suficiente.

Deja-vu na subida da electricidade

Cada vez mais confuso!

Vejam lá se não é confuso?

Este artigo é um deja-vu de um artigo escrito exactamente há um ano atrás. Fazemo-lo porque vale a pena continuar a escrutinar as misteriosas justificações para a contínua subida do preço da electricidade.

A ERSE divulgou ontem essas justificações. Segundo eles, o preço da electricidade vai subir 2.8% em 2014, mas nós sabemos que a subida vai ser certamente maior… E as justificações são resumidamente:

  • Custos de produção de energia eléctrica: Dizem eles que os preços da energia primária vão permanecer num nível tarifário elevado. Vão manter-se, mas o custo da electricidade, esse vai subir. E justificam ainda com o gás natural, quando se sabe que cada vez menos electricidade é produzida com recurso a gás natural…
  • Evolução do consumo de energia eléctrica: Como cada vez se consome menos electricidade, e as rendas se têm que manter, a electricidade tem que ser mais cara. A mais aberrante das justificações!
  • Recuperação nas tarifas de custos adiados no passado: As borlas do passado, são agora pagas com juros…
  • Quebra no preço do mercado das licenças de emissão de CO 2: Uma justificação nebulosa. Parece que o preço futuro do dióxido de carbono é menor, o que quer que isso signifique, e que, por isso, a electricidade tem que subir. Como a maior parte da energia em Portugal é produzida pelas eólicas, como qualquer um pode verificar numa factura de electricidade, confesso a minha completa incapacidade em perceber este argumento!
  • Custos da Produção em Regime Especial (PRE): Na sequência do ponto anterior, como a produção a partir de fontes renováveis, e também de cogeração, é cada vez maior, temos que pagar mais! E ainda por cima tendo beneficiado de incentivos económicos… E reconhecendo que o custo de produção da PRE é superior ao das tecnologias convencionais…

Consumo de dados do iOS 7

Controlo de acesso a comunicações

Controlo de acesso a comunicações

O novo iOS 7 tem um sistema de controlo sobre as aplicações melhorado em relação às anteriores versões. Já não é novo que andava a tentar resolver este problema de saber o que gastam as minhas aplicações.

Podem decidir que aplicações podem aceder a dados quando não estão em WiFi, mas também ver o detalhe do consumo dos utilitários
de sistema.

Detalhe do consumo de dados no iOS 7

Detalhe do consumo de dados no iOS 7

Corte na A1

Ontem, ao regressar da região centro para Lisboa, optei pela habitual variante a Coimbra, que tenho feito nos últimos meses. Acontece que poucos quilómetros depois de entrar na A1, me deparei com um placard da Brisa a avisar para incêndio a 11 Km. Más notícias, porque a coluna de fumo era muito grande, e na direcção onde visualmente tinha ideia que a A1 passava. Rapidamente constatamos mais fogos a este, nomeadamente na serra de Sicó.

Para quem como eu já passou por lá algumas centenas de vezes, umas contas rápidas determinaram que a estação de serviço de Pombal era anterior à eventual zona de fogo. Numa condução defensiva, quando ía a passar a estação de serviço, tive que abrandar e mesmo parar. Com a indicação da Brigada de Trânsito (BT), tivemos todos que entrar na estação de serviço pela saída…

Paragem junto a estação de Pombal

Paragem junto a estação de Pombal

Lá dentro, a preocupação rápida foi colocar o carro num local seguro. Longe da floresta que circunda a estação de serviço; longe dos depósitos de gás; num local onde a saída também fosse rápida, caso fosse necessária, ou quando a situação estivesse resolvida. Felizmente, a estação de serviço parece estar preparada, com toda a vegetação rasteira cortada.

Nos momentos seguintes, largas centenas de automóveis começaram a encher a estação de serviço. Não só os que chegavam vindos de norte, mas também os que retiravam de junto do fogo. Uma confusão! Depois de uma breve incursão pela estação de serviço, para utilização dos WCs antes da invasão esperada, a preocupação seguinte foi perceber o enquadramento. Como a estação de serviço está rodeada de floresta, caso o fogo lá chegasse, era preciso ter alguma clarividência para nos protegermos.

Uma rápida pesquisa da direcção de vento foi possível pelas bandeiras da Brisa. Vento de oeste. Que mais tarde havia de ser de nortada. Com o fogo a sul, e a direcção do fumo a puxar para este, era fácil confirmar que o fogo não chegaria à estação de serviço. Obviamente, a menos que mudasse a direcção do vento… Mais uns segundos, e percebo pelo Google Maps, que há uma estrada que permite sair da estação de serviço. Olhando para o terreno, não parece solução, pois está junto à floresta…

Estou junto de elementos da BT a tentar perceber o que vai acontecer. Alguém decide que a BT deve evacuar a estação de serviço. Não pela estrada de serviço. Todos em contra-mão até Condeixa! Noto ansiedade e mesmo pânico nos condutores, bem como na BT. Muitos querem, e depois arrancam a grande velocidade em direcção a norte, na faixa da auto-estrada que é para sul. Percebo que é alguém que segue as indicações by-the-book, em vez de perceber o que se passa no terreno…

Caos na evacuação da estação de serviço de Pombal

Caos na evacuação da estação de serviço de Pombal

Faço contas rápidas: onde tenho o carro; onde está a esposa; o que vai acontecer. Recordo que entrei em Condeixa, e que se lá voltar, vou ter sérios problemas. Vejo os elementos da BT a justificarem o regresso a Condeixa, com a alternativa posterior pela EN1. Não compreendo como nem sequer sugerem a A13, a terceira auto-estrada Lisboa-Porto, e que entronca justamente em Condeixa. Toda a gente pergunta pela A8, mas a BT sugere a EN1. Rapidamente estabeleço contacto com um elemento da BT, a quem aponto a solução A13. E a quem aponto que a EN1 não tardará cortada, dada a proximidade da A1 e direcção do vento…

Decido ficar. Alguns minutos depois percebo que foi uma boa solução. EN1 cortada devido ao fogo. Caos completo em Condeixa. Não seria de admirar: centenas de carros a aproximar-se de sul, mais os restantes que aí param vindos de norte. Caos nas comunicações rádio da BT. Abre-se as portagens de Condeixa ou não? Decisão da Brisa. Não. Bastante depois, a indicação é que terão aberto as portagens. Depois, já estarão fechadas outra vez. Nem quero imaginar a confusão numas portagens muito pequenas!

Na conversa com o elemento da BT que terá primeiro chegado ao local do fogo, percebo a dimensão do fogo que grassa! A coluna de fumo não enganava também. Já assisti a uns quantos de perto, e é de fugir! Percebe-se que fez o que tinha a fazer! Trocam-se muitas impressões, e fica a certeza da dificuldade de comunicação entre entidades distintas. Entretanto, mas muito depois, passa um Kamov e muito depois, dois aviões. O fumo diminui significativamente, e até acaba por desparecer…

Tudo permaneceu calmo entre as poucas dezenas de carros que resolveram esperar, e não voltar para trás. Mas uma senhora passou-se com o elemento da BT! Como era possível que a BT não deixasse passar os carros que estavam na estação de serviço? Fiquei aparvalhado… Quando expliquei à senhora que havia rescaldos de fogo, e que a auto-estrada só poderia ser aberta quando houvesse condições de segurança, resolveu voltar a sua raiva contra mim!

Como era expectável, algum tempo depois, a auto-estrada lá voltou a ser reaberta. Esteve fechada pouco mais de duas horas. Quando finalmente passamos pelo local do fogo, percebi que a senhora enraivecida deve ter engolido em seco. As condições no terreno eram bastante más, com muita pouca visibilidade, e muito, muito fumo…

Em suma, todo este episódio fez-me tirar algumas conclusões. A falta de coordenação entre as distintas instituições é clara. Muitas pessoas entram rapidamente em pânico. A resposta dos meios aéreos é muito tardia. A resposta da Brisa, a acreditar nas referências ouvidas nos rádios dos elementos da BT no terreno, é inacreditável. O importante, importante, é mesmo permanecer calmo e pensar pela própria cabeça… Ainda que se perca tempo, que não se perde…

Destinos da Ryanair a partir de Lisboa

Ryanair

Ryanair

Como havíamos anotado neste artigo, confirmou-se que a Ryanair vai começar a operar no aeroporto da Portela, em Lisboa. Começa a existir alguma informação, sendo muito dela visível no site Low Cost Portugal, nomeadamente os horários dos voos. Mas, antes que comece a reservar os seus voos, tenha em particular atenção a localização dos aeroportos de destino. São certamente um dos principais problemas para quem experimenta Ryanair pela primeira vez. A Ryanair promete preços baixos, mas não se esqueça do tempo e custos escondidos:

  • Bruxelas CharleroiSegundo a Ryanair, fica a 46 Kms do centro de Bruxelas, mas segundo o Google Maps é de 60.8 Km. O tempo previsível em automóvel é de 50 minutos. Segundo o site do aeroporto, há autocarros e comboios, mas os truques parecem ser imensos. Primeiro, recomendam apanhar o autocarro pelo menos três horas antes do voo. Se for de comboio, vai ficar ainda a 20 minutos de autocarro do aeroporto.
  • Frankfurt-Hahn: O aeroporto de Frankfurt-Hahn fica tão perto de Frankfurt, quanto Fátima fica de Lisboa. São 124 Km até ao centro de Frankfurt, que se fazem de automóvel numa hora e vinte! O site da Ryanair é específico em que também não existe comboio. Autocarros há vários, e para o centro de Frankfurt são 14 euros em cada sentido, e 1 horas e 45 minutos de viagem!
  • Londres Stansted: O aeroporto de Stansted em Londres fica a 66 Km do centro de Londres, segundo o Google Maps, demorando de carro o percurso cerca de 56 minutos. Segundo o site da Ryanair, são só 40 Km. Segundo o site do aeroporto, existe um comboio até ao centro de Londres, que demora 47 minutos até Liverpool Street, e que custa a módica quantia de 23.40 £. O mesmo percurso de autocarro demora entre 45 e 60 minutos, custando apenas 8.50 £.
  • Paris Beauvais: O aeroporto de Paris Beauvais fica a quase 88 Km de Paris, segundo o Google Maps, e um pouco menos segundo a Ryanair. O comboio também não existe, tendo a ligação de autocarro um custo de 16 €, com uma duração de cerca de 1 hora e 15 minutos. No regresso para o aeroporto, sugerem que estejam na paragem 3 horas e 15 minutos antes da hora do voo.

Para uma localização mais precisa dos aeroportos aqui referenciados, podem ver este mapa no Google Maps (embora um pouco datado), e este do Wikipedia, mais actualizado mas menos detalhado.