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Proteção de turbos em motores diesel

Poupar na mecânica do automóvel é uma forma pouco assumida, hoje em dia, de poupança. No passado, tal era mais habitual, até porque a mecânica associada era relativamente simples, ao contrário dos carros modernos.

Os motores diesel são mais robustos que os motores de gasolina, e tipicamente duram mais tempo. Todavia, quase todos os automóveis diesel modernos têm um turbo. E só normalmente damos conta da sua existência quando temos que pagar um preço alto pela sua substituição…

Quando arrancamos um carro a gasóleo moderno, não temos que esperar pelo aquecimento que se verificava nos modelos mais antigos. Mas não devemos exagerar no arranque. Referências apontam para esperar entre 5 a 10 segundos, para que o óleo chegue ao turbo.

Nos minutos seguintes ao arranque, nunca devemos puxar muito pelo motor. O lubrificante pode estar frio, o que significa uma menor eficiência na lubrificação do turbo.

Igualmente importante é a paragem. Um turbo trabalha mais quando nos deslocamos a velocidades maiores, como numa autoestrada. Quando se pára de repente, como numa estação de serviço, o calor presente no turbo pode não se dissipar, acabando por contribuir para uma vida mais curta do turbo. Nestes casos, a ideia é que o motor não se esforce durante pelo menos meio minuto antes. Nunca se deve igualmente acelerar antes de desligar o motor, pois a lubrificação do turbo pode ser interrompida de repente, aumentando a probabilidade da sua falha prematura.

O que o escândalo da Volkswagen nos confirma

Já todos os leitores estarão provavelmente familiarizados com o escândalo que surgiu recentemente nalguns carros da Volksagen movidos a gasóleo. O escândalo só é escândalo porque foi descoberto. E para gozo extremo, surge dias depois de ter passado a ser o fabricante de automóveis mais sustentável do Mundo… Na verdade, certamente são muitos mais os escândalos que por aí andam, mas que ainda não foram promovidos a verdadeiros escândalos.

É claro que nós, seja vestindo o papel de consumidores, seja de habitantes do Planeta, muitas vezes suspeitamos de que nem tudo é como nos contam… E neste caso existe mesmo um dilema, até porque com as maiores emissões dos automóveis vinha associado um menor consumo… Daí que seja um trade-off difícil. Todavia, muitas vezes é muito mais fácil passarmos directamente para o domínio das teorias da conspiração, esquecendo-nos que estamos a entrar no mesmo jogo!

Há vário domínios onde fraudes similares certamente grassam. Já falamos aqui por exemplo da obsoloscência programada. Se parece ser fácil enxertar um defeat device num automóvel, então não tenho dúvidas que é muito fácil embutir uma espécie de kill switch na electrónica/software dos nossos equipamentos… Já para não falar nos consumos anunciados de consumo de combustível, que todos sabemos serem mais ou menos impossíveis de serem obtidos. Já para não falar de algumas fraudes pura e duras, algumas das quais temos aqui referenciado.

A boa notícia todavia é o incremento que venho notando na análise de muito daquilo que damos por adquirido. Na verdade, muita da Ciência que se faz é pura e simplesmente falsa. Na verdade, nada disto é novo, até porque o método científico dá-nos a resposta de como resolver o problema. Do meu ponto de vista, muito do avanço que esperemos que o futuro nos traga, passará por evitar que esta ciência falsa, as trafulhices em nome dela, e os produtos que se anunciam como cada vez mais imaculados, seja escrutinada e não vinguem, sob pena que o avanço civilizacional se torne num retrocesso escondido…

Pneus usados com problemas

A DECO avaliou a qualidade dos pneus usados. Na sua avaliação, a rentabilidade para o consumidor é “um mito”. Para esta avaliação, a DECO comprou 89 pneus usados, dos quais 50 apresentavam “falhas graves de segurança que deviam impedir a sua venda”.

A maioria dos pneus usados apresentavam um rasto abaixo dos limites legais definidos, e outros tinham mesmo problemas mais graves. Dezassete tinham mais de dez anos e um par de pneus tinha 19 anos.

Apenas onze dos pneus cumpriam todos os critérios de segurança. Normalmente, nunca opto por pneus usados, mas admito que nalgumas situações podem ser uma solução interessante. São também um excelente exemplo de reciclagem/reutilização. Em qualquer caso, nunca deixe de avaliar as suas compras, e neste caso a dos pneus em particular. São muitas vezes um investimento relevante, pelo que uma pesquisa e investigação prévia será sempre importante.

NOTA: O artigo foi alterado depois do comentário do Tiago Pimenta. Originalmente, utilizamos o termo recauchutado e usado como idênticos. Desconhecimento meu, pois há ainda mais variantes

Hacking de carros

Com cada vez mais tecnologia, os carros hoje em dia começam a ser perigosos… Não temos efetuado muitas referências aqui, mas já falamos por exemplo da segurança das chaves de proximidade. Mas, há muitos mais exemplos da cada vez maior insegurança dos automóveis… O meu preferido é a do miúdo de 14 anos, que com 15 dólares de electrónica, conseguiu hackar um carro à distância

Todavia, neste artigo da Wired, revela-se como há quem tenha levado esta insegurança ao próximo nível. O jornalista Andy Greenberg meteu-se num Jeep, e os hackers Charlie Miller and Chris Valasek, ligados à Internet a vários quilómetros de distância, conseguiram controlar o que quiseram do veículo. O controlo é virtualmente total, e se quiserem ficar realmente apreensivos com o que é possível fazer, leiam o artigo, ou dêem uma espreitadela ao seguinte vídeo:

Ar condicionado e recirculação

Símbolo de recirculação

Símbolo de recirculação

Agora que o Verão chegou definitivamente, o arrefecimento dos nossos automóveis é uma benção! Mas, para que o consumo de combustível seja mais baixo, até porque as temperaturas que se atingem são muito elevadas, um dos primeiros truques é planear deixar o carro à sombra, considerando a altura em que se voltar para o carro. Circular ou não com as janelas abertas é um dos dilemas seguintes. Outro factor a ter em conta é o da recirculação, que já referimos neste artigo, mas que vamos expandir de seguida.

De uma forma simples, a recirculação de ar dentro de um automóvel pode ser feita mesmo sem ar condicionado. Pode e deve ser utilizada em circunstâncias em que não queremos que o ar exterior entre no veículo. Tal é o caso quando circulamos em ambientes extremamente poluídos (eg. atrás de muitos veículos numa subida) ou então de maus cheiros (eg. junto a empresas de celulose, de tratamento de resíduos, etc.).

Quando utilizada em conjunto com o ar condicionado, seja para produzir frio no Verão ou calor no Inverno, a recirculação tende a ter vantagens de eficiência. Mas tal não acontece tipicamente quando entramos no carro, com ele muito quente. Como a temperatura do interior do carro pode até ser bastante superior à exterior, numa primeira fase a estratégia mais interessante consiste em extrair rapidamente esse calor do interior do automóvel. Sempre que possível, abro as portas e janelas para que esse calor saia.

Depois, ligo o ar condicionado, mas sem a recirculação. Quando o interior do carro começa a arrefecer, ligo a recirculação. O ar que entra no ar condicionado passa assim a ser o ar do interior do automóvel, o qual vai ficando cada vez mais fresco, num efeito de bola de neve…

Contudo, não é desejável manter permanentemente a recirculação a funcionar. O ar vai ficando estagnado, com cada vez mais dióxido de carbono. Chega a ter níveis de concentração problemáticos, e noutro estudo verificou-se que se pode atingir concentrações de 4500 PPM de CO2 após apenas 10 minutos de recirculação, com três passageiros! Há que também ter em conta níveis mais elevados de vapor de água, que no Verão não é tipicamente problemático, ao contrário de quando utilizamos a recirculação no Inverno. Para mim, um dos primeiros sinais de que a coisa não está bem, é quando começo a bocejar…

A gestão que faço da recirculação é a de desactivar periodicamente a recirculação, dando assim hipótese à entrada de ar fresco vindo do exterior. Por uma questão de eficiência, faço-o quando o motor vai menos sobrecarregado, como por exemplo em longas descidas. Quando não existem descidas e é tudo plano, abrando tipicamente a velocidade durante alguns minutos, para entrar mais ar fresco, sem sobrecarregar o motor. Não o faço quando tenho que levar com escapes. O controlo da temperatura exterior também pode ser utilizado, pois é frequente ver-se alguma variação dessa temperatura exterior durante longos percursos.

Experimentar um carro elétrico

Encontro nacional de veículos elétricos

Encontro nacional de veículos elétricos

Está marcado para este mês um encontro de veículos elétricos onde os interessados podem experimentar um. Trata-se de uma concentração à moda das concentrações de motas, mas só para quem ande de veículo que se alimente a ficha elétrica.

O evento tem uma página no Facebook e os podem obter mais informações nos fora da especialidade.